RESEÑA A LIVRO DE ZLATAN STIPISIC – por Claudia Vila Molina

 

Reseña crítica a

Banderas de un imperio hundido

ZASTAVE POTONULOG CARSTV

de Zlatan Stipišić (GIBONNI) 

El poemario Banderas de un imperio hundido del cantautor y poeta croata Zlatan Stipišić (GIBONNI) del año 2024 y publicado por la prestigiosa editorial puerto riqueña Isla negra está compuesto por poemas en croata, con traducciones al español e inglés. En principio, el título encierra numerosos rasgos entrelazados con la vida, Dios, la fe, el amor de pareja, la familia, entre otros; aunque, estos conceptos son vulnerables al quiebre y al rompimiento en la voz de cada poema. Continuar a ler “RESEÑA A LIVRO DE ZLATAN STIPISIC – por Claudia Vila Molina”

TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E DEMOCRACIA – por João Pedro Vidal

Hoje em dia, muita gente acha que sabe muito sobre o mundo e sobre as coisas só porque vê coisas nas redes sociais. É nelas que se concentra um dos maiores fluxos de comunicação e disseminação de informação, o que é fantástico, mas também aterrador. Aquele hábito de pesquisar ativamente, que se verificava nos primeiros tempos da internet, praticamente desapareceu. Em vez disso, a internet tornou-se um espaço de consumo, onde os utilizadores consomem só o que os algoritmos decidem mostrar. Muitas vezes, sem se aperceberem, cedem a autoridade sobre o que é verdadeiro ou relevante ao que aparece no ecrã. Agora, é normal as pessoas terem uma opinião, por mais disparatada que seja. Toda a gente se sente confiante para dar a sua opinião. O problema surge quando aquilo que deveria ser encarado como uma opinião pessoal e subjetiva, como um saber informal ao que os gregos chamavam doxa, é agora adotado como conhecimento rigoroso, verdadeiro e objetivo. Esta distorção séria do conhecimento ganha força numa época em que a verdade é cada vez mais relativa. Vivemos tempos em que a objetividade está a ser destruída pela tirania narcisista da subjetividade. Antigamente, as pessoas debatiam de forma racional, mas agora parece que só interessa o barulho. A opinião de um influencer parece valer mais do que a de um perito, não porque é mais verdadeira, mas porque chega a mais pessoas. Neste novo sistema, o valor de uma opinião não depende de ser coerente ou adequada à realidade, mas da capacidade dissuasora do comunicador. Continuar a ler “TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E DEMOCRACIA – por João Pedro Vidal”

“CIRCO POBRE” de Emilio Barraza Durán – reseña de Claudia Vila Molina

La neblina como un elemento “no humano” que expone múltiples interpretaciones del hablante lírico de “Café” en Circo Pobre de Emilio Barraza Durán

El tercer libro de poemas Circo pobre (2024) del poeta chileno y profesor de lenguaje Emilio Barraza Durán está pleno de imágenes ancladas en la crítica social y en la ironía, ello es parte de la antipoesía, como uno de los principales temas y recursos. En este amplio contexto, yo quiero analizar un punto literario que me parece muy relevante y es la forma en que el hablante lírico se expresa en el texto “Café” (102 ) el que está antecedido por “Lamentos míticos” (101 ) y en la página que continúa (103) “Ancianos jugando ajedrez”. Tomo el conjunto de estos tres textos, porque me parece interesante la ubicación y la interrelación de cada uno de ellos, dentro del esquema general del libro. En esta línea, el diálogo de estos tres poemas insinúa una especie de melancolía y resignación en torno a la suerte de un sujeto (a) chileno (a) que habita un lugar vulnerable y reiterativo (en relación con la impotencia imperante frente a un sistema socio político que lo atropella). En este conjunto, yo me detendré en “Café” como un texto caracterizado por un hablante lírico peculiar, cabizbajo, insomne y dubitativo que se expresa desde el lugar de la resignación y la melancolía: “Este café/ lleno de niebla/ que me toca tomar ahora”. Continuar a ler ““CIRCO POBRE” de Emilio Barraza Durán – reseña de Claudia Vila Molina”

HELENA SÁ E COSTA: AS TECLAS DA COERÊNCIA – por Danyel Guerra

Helena Sá e Costa tem um teatro com seu insigne nome no Porto natal.  Mas quem é Helena Sá e Costa?, indagará, curiosa, a esmagadora maioria dos portuenses. Que boas razões justificam que ela tivesse amadrinhado essa sala de espetáculos?, perguntarão os mais renitentes. A essas (im)pertinentes questões eu procuro responder nos acordes que se seguem, num recital a duas vozes. Continuar a ler “HELENA SÁ E COSTA: AS TECLAS DA COERÊNCIA – por Danyel Guerra”

“ESCRITO EN LA HABANA”, de Moisés Cárdenas – reseña de Robert Miller

 

LA POESÍA MARINA DE MOISÉS CÁRDENAS DE SU POEMARIO ESCRITO EN LA HABANA

El poemario Escrito en La Habana del poeta Moisés Cárdenas, publicado por el Fondo Editorial Ollé de Edgar Freites e ilustrado por el talentoso artista Leandro Cárdenas, nos sumerge hacia el mar. Quien realizó las palabras de presentación del poemario, Benedicto González Vargas nos dice:

«En estos versos que fluyen del hablante lírico, con la misma escurridiza fuerza de las aguas que tan omnipresentes están en este poemario, pueden encontrarse decenas de imágenes que nos hablan de mares, libros y amores. La mujer hermosa, sensual, húmeda, como objeto de pasión y de deseo cubre las páginas de esta obra con la misma fuerza que el mar, en ocasiones como quieta imagen, pero a menudo imparable en fuerzas y energías», con estas palabras el profesor Benedicto Vargas, resalta además que, Escrito en La Habana, hay muchas cosas que explorar. Así lo expresa: Continuar a ler ““ESCRITO EN LA HABANA”, de Moisés Cárdenas – reseña de Robert Miller”

RESEÑA AL LIBRO DE GABRIEL PALOMO PONCE – por Claudia Vila Molina

 

Reseña crítica literaria al libro de Gabriel Palomo Ponce
A Destiempo, Reminiscencias e Instantáneas (2022)

 

Caminar solo y sin rumbo por las calles, un día desocupado de noche. Había olvidado lo bien que se sentía

La estructura narrativa de A Destiempo, Reminiscencias e Instantáneas (2022) se compone de diversas narraciones, relativas a todo orden de cosas, por ejemplo: relaciones amorosas, amistades, entre otros. El ordenamiento lógico de cada una de las historias no se avizora bajo un eje predominante, más bien se exponen y se van significando cada una en sí misma y un aspecto interesante es que el lector puede interpretarlas libremente o asociar una con otra, para de este modo trazarse un mapa o esquema mental. Quizá algo parecido a lo sucedido en Rayuela (1963) de Julio Cortázar, obviamente en el itinerario que promueve Palomo. Continuar a ler “RESEÑA AL LIBRO DE GABRIEL PALOMO PONCE – por Claudia Vila Molina”

MÁRIO SOARES: MILHENTOS DEFEITOS… E O RESTO?- por Francisco Coutinho

Mário Soares e Alvaro Cunhal, em debate histórico na RTP, 1975.

Quando cidadãos ucranianos (concidadãos europeus) começam a ter o território invadido e começam também – por uma questão de sobrevivência – a sair do mesmo, falando-se já em “III Grande Guerra Mundial”, tenho ainda mais presente o ideal e a visão de Mário Soares (como de outros democratas lusos, do seu partido e de outros partidos).

Mário Soares insurgiu-se frontalmente perante a ditadura do Estado Novo – algo que lhe valeu doze detenções -, parando de combater o fascismo somente quando este foi derrubado. Continuar a ler “MÁRIO SOARES: MILHENTOS DEFEITOS… E O RESTO?- por Francisco Coutinho”

ATHENA REVISITADA- I-

 

Em Dezembro de 2023, o Editorial da Edição nº 26 foi escrito por Danyel Guerra. Revisite-nos aqui!

EÇA DE QUEIROZ NO PANTEÃO?
SIM, MAS COM UMA CONDIÇÃO…

“Ao rei tudo, menos a honra”
Calderón de la Barca       

I – Eça de Queiroz. A exemplaridade da sua vida, a excelência da sua obra, a modernidade da sua herança cultural, artística, intelectual  merecem ser (bem) lembradas, são credoras de reiterados tributos. Como, por exemplo, a projeção num ecrã de ‘O Mandarim’, a montagem num palco de ‘A Capital’, a publicação de um ensaio crítico sobre ‘A Relíquia’. O que este insigne autor de dimensão universal não merece, de certeza, é “ver” seu “descanse em paz”perturbado, ter suas (prezável) memória e (impoluta) honorabilidade molestadas pelo viés da vendeta, da armação, da instrumentalização típicas da (baixa) política. Distorções que denunciou, deplorou, até execrou, com estóica têmpera e fértil poder fabulatório, seja enquanto inspirado ficcionista e talentoso romancista, seja enquanto incisivo cronista e aquilino publicista. Continuar a ler “ATHENA REVISITADA- I-“

NICO NÃO É SÓ COISA DE MÚSICA – por Danyel Guerra

“Sua voz soa como um computador
da IBM com sotaque à Greta Garbo ”

  Andy Warhol

O hagiológico percurso musical de Nico (aka Christa Päffgen), tende a ser, de imediato,  reconhecido por quem tenha “dois dedos de ouvido”. Sendo assim, não soará a descabido sugerir que deve fazer parte da nossa cultura geral esta sabedoria:  Nico está no epicentro de um dos discos mais cruciais da história do rock concebido como arte. Sua discografia se afirma como um patrimônio respeitável e respeitado mesmo por aqueles que não perfilham seu estilo. Continuar a ler “NICO NÃO É SÓ COISA DE MÚSICA – por Danyel Guerra”

BARRAGENS E MINAS DE LÍTIO (—-) – por Ricardo Amorim Pereira

Barragens e minas de lítio: entre o ambientalismo
radical e o desenvolvimento sustentável

Em artigos passados, escritos para esta prestigiada Revista, fiz já a crítica daquilo que me parece ser um ambientalismo radical, muitas vezes colocado ao serviço de agendas que vão para além da salvaguarda ambiental. Continuarei, hoje, nessa senda, fazendo a crítica dos que criticam a construção de barragens e a exploração de minas de lítio.

Uma das bandeiras de um certo ambientalismo prende-se com a crítica à construção de barragens. Empregam argumentos, verdadeiros, de que tais construções alteram a natureza primitiva dos cursos de água, impactando-se assim na fauna, na flora e nos ecossistemas adjacentes. Continuar a ler “BARRAGENS E MINAS DE LÍTIO (—-) – por Ricardo Amorim Pereira”

RESEÑA DE DOS LIBROS DE MITCHELL PLUTO – por Claudia Vila Molina

Reseña crítica a From The Eclipse  y Can Ecover de Mitchell Pluto

El hablante lírico de los libros From the eclipse (2024) y Cadaver Dogs (2024) de Mitchell Pluto se caracteriza por su mirada contemporánea y atragantada, frente a un mundo virtual que sucede alternativamente y en varios puntos a la vez, o sea multifocal. De tal modo, este hablante está inmerso en un medio virtual y asfixiante, caracterizado por la simultaneidad y evanescencia de todos y cada uno de los contenidos multimediales en los que convive.

Continuar a ler “RESEÑA DE DOS LIBROS DE MITCHELL PLUTO – por Claudia Vila Molina”

LIVRO “habría de abrir”de Rolando Revagliatti – resenha de Alejandro Méndez Casariego

Notas sobre “Habría de abrir”, de Rolando Revagliatti,

por Alejandro Méndez Casariego

“Habría de abrir’, Editorial Leviatán, Buenos Aires, 2023, 108 páginas.

Si un anhelo nos acompaña a aquellos que escribimos, especialmente a quienes escribimos poesía, es aquel de que la palabra resulte suficiente. Que ese hilvanado de vocablos al que intentamos dar belleza y alguna clase de sentido, se levante ante quienes le dimos forma y nos muestre, finalmente, un trabajo terminado, completo, eficaz en su intento de mostrar fuera de nosotros aquello que larvado, incipiente, demandaba un brote, una mutación hacia el mensaje, hacia la obra pulida y sonora. Su segundo momento vital, su manifestación. Tal vez todo el secreto de nuestro oficio se resuma en este proceso en que presenciamos la irrupción de ese artefacto virtuoso, separado ya de lo que era sólo caos y anticipación. Continuar a ler “LIVRO “habría de abrir”de Rolando Revagliatti – resenha de Alejandro Méndez Casariego”

“LOS EXTRAVIADOS” DE CLAUDIA VILA MOLINA – Reseña de Emilio Barraza Durán

 

LOS FANTASMAS Y SUS REFLEJOS EN

“LOS EXTRAVIADOS” DE CLAUDIA VILA MOLINA

Los Extraviados de Claudia Vila Molina es un libro que encierra la sutileza y la fascinación del mundo fantasmagórico. No se trata de textos de terror al más puro estilo gótico o romántico. Es algo más profundo que eso: son los fantasmas que todos llevamos dentro, esos seres que se niegan a desaparecer de nuestras vidas, seres que pinchan nuestras memorias y se distribuyen a lo largo de sus laberintos cotidianos. Continuar a ler ““LOS EXTRAVIADOS” DE CLAUDIA VILA MOLINA – Reseña de Emilio Barraza Durán”

A PEAU DOUCE DE UMA CAMÉLIA – por Danyel Guerra

 

Françoise Dorléac

“Suas entrevistas eram ricas em aforismos exigentes
sobre a vida e sobre o amor.”

François Truffaut

Joyeux anniversaire, Framboise!

Caminhava impetuoso para o fastígio o verão de 1967. Num dos primeiros dias do mês de julho, eu folheava um exemplar do Paris Match, que ganhara de um primo migrado em França. Era uma edição toldada pelos fumos negros do luto, nas páginas onde se reportava o desastre que vitimara uma bela e talentosa atriz dos novos tempos do Cinema francês. Uma atriz que eu não conhecia de Carnaval nenhum e muito menos de um filme. Pelas fotos da matéria, a extinta parecia ser uma pessoa pulsante de sangue bom, quente e latino. Aparentava ter sido, melhor escrevendo. Continuar a ler “A PEAU DOUCE DE UMA CAMÉLIA – por Danyel Guerra”

TERRITORIO PRIVADO ¿QUÉ ES? – por Claudia Vila Molina

TERRITORIO PRIVADO ¿QUÉ ES?

La presente reseña está basada en las películas “La mamá y la puta” (1973) de Jean Eustache, de origen francés y “El ángel exterminador” (1962) de Luis Buñuel, filme mejicano. En principio según Georges Pérec en su libro Especies de espacios, señala que: “El espacio es una duda: continuamente necesito marcarlo, designarlo; nunca es mío, nunca me es dado, tengo que conquistarlo” (…)”, “Mis espacios son frágiles: el tiempo va a desgastarlos, va a destruirlos: nada se parecerá ya a lo que era” (…). Espacio privado sería, por lo tanto, aquello que nosotros ocultamos de los demás, para no ser expuestos en nuestros secretos más íntimos al resto. De esta forma, el otro se transforma en amenaza constante que vulnera nuestra fragilidad como ser humano. Desde siempre el hombre ha construido refugios, casas u otros para guarecerse del entorno y además quedar oculto ante el acoso de una presencia externa que puede aniquilarlo, ello supone entrar en una zona delicada o zona íntima, lugar donde cobijamos nuestro verdadero yo o secreto más íntimamente guardado: Continuar a ler “TERRITORIO PRIVADO ¿QUÉ ES? – por Claudia Vila Molina”

TEXTOSTERONA: CRÉDULOS & INCRÉDULOS – por Danyel Guerra

 

Martin Luther (Martinho Lutero): “O justo viverá pela fé” (Romanos, 1:17)

TEXTOSTERONA:

 CRÉDULOS & INCRÉDULOS

 

A ninguém agrada receber ‘Parabéns p’ra você’ no dia errado. Imagine-se o milenar desconforto de Jesus, o Cristo, ao ser mimoseado com saudações de niver numa data em que historicamente não nasceu.

o-o-o-o-o

Bilhões de seres humanos vivem e morrem sem superar seus dilemas metafísicos. Entretanto, milhões admitem estar no (bom) caminho ao não acreditarem num alegado deus antropomórfico, concebido à imagem e semelhança dos mentores e líderes religiosos. Têm meio caminho andado.   Continuar a ler “TEXTOSTERONA: CRÉDULOS & INCRÉDULOS – por Danyel Guerra”

RESEÑA DE “SÉ UN POEMA”de LORENA RIOSECO – por Claudia Vila Molina

Reseña al libro

Sé un poema”
de la poeta chilena Lorena Rioseco,
por
Claudia Vila Molina

Leer los poemas de Lorena en su poemario Se un poema implica dejarse llevar por una voz muy sabia, por idiomas ancestrales que recorren los tiempos, las estaciones y los cursos de los ríos de este gran mar, que es la vida y también la poesía. Después de leer cada poema; uno queda con un mensaje muy profundo, circulando en nuestros oídos y nuestra mente. Si bien son poemas sencillos, pero no por eso menos brillantes, según su autora, de quien guardo mucho cariño, su verdadera voz aflora más en la línea narrativa. Yo tengo mi propia opinión después de leer su poemario Se un poema, creo que debe retomar también su línea poética y seguir mirando la vida con esos ojos que encuentran nuevos descubrimientos en cada paso dado: “Así como los instantes/ en que el peso del silencio lo cubre todo/ incluso los sentimientos” (Sé un poema 18), “Me perderé como se pierden/ esas noches de insomnio” ( Me perderé 42), “Meteoritos color rubí/Simulando la borra de Dios/ Queriendo decir a los aires/ Que el aire me falta/ Que me falta un último trago de un gran Syrah (…)” ( Por un Syrah 52).     Continuar a ler “RESEÑA DE “SÉ UN POEMA”de LORENA RIOSECO – por Claudia Vila Molina”

NO CENTENÁRIO DE NATÁLIA CORREIA – por A. Sarmento Manso

PORQUE APRENDO E ENSINO, PORQUE ENSINO E APRENDO… NO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE NATÁLIA CORREIA

 

Natália Correia (1923-2023) deixou uma obra poético-literária de qualidade acima da média, ramo da criatividade a que juntou outros como seja a procura dos marcos e das marcas que estão na origem deste retângulo que dá por nome Portugal. Para além de ir lendo a sua obra poética e literária, interessei-me pelo seu pensamento em torno dos arquétipos, das raízes da Nação, e estive por uma ou duas vezes na sua presença, pelos anos de 1980, observando o seu peculiar modo de estar e a rebeldia que os seus atos e palavras encarnavam e como incendiavam os auditórios. Continuar a ler “NO CENTENÁRIO DE NATÁLIA CORREIA – por A. Sarmento Manso”

O PROBLEMA DO MAL – por Fernando Martinho Guimarães

Não há dia em que não aconteça algo de mal. Aqui, é um autocarro que, desgovernado, cai por uma ribanceira, provocando mortos e feridos. Ali, um tresloucado dispara indiscriminadamente sobre quem se lhe atravessa no caminho. Continuar a ler “O PROBLEMA DO MAL – por Fernando Martinho Guimarães”

RECENSÃO DE “POR LUGARES INCRÍVEIS” DE JENNIFER NIVEN – por Luis Henrique Costa Santana

A POESIA NA OBRA “ POR LUGARES INCRÍVEIS”, DE JENNIFER NIVEN

RECENSÂO DE LUIZ HENRIQUE COTA DE SANTANA*

Em algumas circunstâncias não é o leitor que escolhe a obra, mas sim o inverso. Ultimamente alguns textos estão surgindo para mim, me sinto na responsabilidade de expor sobre eles, acredito que seja um ultraje não fazê-lo.  Já tinha ouvido falar a cerca na obra “Por lugares incríveis” da escritora americana Jennifer Niven, mas eu não liguei muito, parecia ser apenas mais um romance jovem-adulto (young adult – YA). Até um amigo da faculdade pegou emprestado de uma colega dele, nem falou sobre o livro, mas quando uma obra te escolhe não tem jeito. Continuar a ler “RECENSÃO DE “POR LUGARES INCRÍVEIS” DE JENNIFER NIVEN – por Luis Henrique Costa Santana”

“LA DANZA DE LAS ESFERAS” DE SANDRIUSKA THEREMIN – Reseña de Pablo Fante

Sobre el poemario La danza de las esferas de Sandriuska Theremin (Marciano Ediciones, 2022).

Descargas electromagnéticas

Al abrir La danza de las esferas de Sandriuska Theremin, descubrimos de inmediato un fragmento del poema «La palabra» de Gabriela Mistral (Lagar, 1954): «Yo tengo una palabra en la garganta / y no la suelto y no me libro de ella / aunque me empuja su empellón de sangre». Esta cita aislada invoca el poder del lenguaje que hierve en nosotros y se nos atraganta. Es una palabra violenta y peligrosa, porque si la soltamos «quema el pasto vivo, / sangra al cordero, hacer caer al pájaro». Justamente, este poemario de Sandriuska Theremin utiliza el poder de la palabra para hacer girar en armonía diversos elementos de la realidad y la naturaleza que, al mismo tiempo, existen en un mundo de violencia latente: así como el átomo engendra la bomba atómica (p. 15), la celebración de las ondas electromagnéticas tampoco pasa por alto su capacidad destructiva: «ondas delirantes / que se incendian / a 300.000 kilómetros por segundo / en el vacío» (p. 16). Esta doble dimensión del mundo aparece plasmada también en un collage (el primero de diez), que representa un planeta rodeado por naturaleza, esferas y átomos (p. 13), y que dialoga con el poema que le da título al libro, «La danza de las esferas»: «Esferas rojas y anaranjadas / Bailan en el cielo / abrasan el jardín / rompen ventanas / invaden la habitación / des / me / nu / zan / mi / cuer / po». Las esferas celestes son como las partículas que componen nuestro propio cuerpo. Ejecutan en armonía el baile que nos permite existir materialmente en la realidad y, al mismo tiempo, albergan la posibilidad latente de la disgregación y el caos a través de una explosión de la materia. Continuar a ler ““LA DANZA DE LAS ESFERAS” DE SANDRIUSKA THEREMIN – Reseña de Pablo Fante”

PETRARCA: AMANTE INFELIZ – por Eric Ponty

Laura e Francesco Petrarca

O idioma vernacular que ele usou ecoa em nossa linguagem própria, tanto literária como musical; e de sua personificação do amante infeliz como anti-herói se tornou um de nossos principais modelos. Petrarca foi um grande poeta lírico, mas também um psicólogo talentoso, cujas pesquisas sobre literatura das épocas e em sua própria psique o atraiu profundamente para as regiões onde a verdadeira culpabilidade e inocência são encontradas. Continuar a ler “PETRARCA: AMANTE INFELIZ – por Eric Ponty”

RECENSÃO DE “CALIFORNIAS PERDIDAS” – por Fernando Martinho Guimarães

Califórnias perdidas:
uma antologia de poesia açoriana

Californias perdidas é uma antologia de poetas e de poemas. O subtítulo diz-nos exatamente isso: Una muestra de poesía azoriana. De Antero de Quental a Emanuel Jorge Botelho. Nela se acolhem alguns dos poetas mais representativos do que, em cerca de século e meio, é exemplarmente configurável como exibição de uma identidade poético-literária e cultural – a assumida «açorianidade» a que Nemésio imprimiu cunho. Assim, para além dos nomes que constam do subtítulo, encontramos na presente antologia Roberto Mesquita, Vitorino Nemésio, Pedro da Silveira, Natália Correia, Eduíno de Jesus, Emanuel Félix, Martins Garcia, Álamo de Oliveira, J. H. Santos Barros e Urbano Bettencourt. Continuar a ler “RECENSÃO DE “CALIFORNIAS PERDIDAS” – por Fernando Martinho Guimarães”

“Por Descartes” de Yasmín Navarrete – Recensão de Moises Cardenas

El pensamiento del poemario Por Descartes de Yasmín Navarrete

 René Descartes fue un héroe del pensamiento, porque sus palabras las llevó más allá del papel, no solo dejó sus escritos, sino que plasmó una frase que dejó en el pensamiento de sus seguidores, pero también de todas las almas terrenales, al moverlas con la siguiente frase: «Pienso, luego existo», palabras que quedaron para la historia, ya que el filósofo en un estado de contemplación las escribió en su mente para dejarla escritas. Dicen que las palabras se la llevan el viento, pero lo que refirió Descartes, sin duda tuerce al ser humano, quienes van y vienen como trashumantes, algunos piensan y otros no, porque viven en sus propias hecatombes. No obstante, Descartes usó este pensamiento para referirse a la duda como estado de búsqueda de la verdad. Además, el dudar era una forma de hallar las respuestas a sus pensamientos. Por lo tanto, surge la pregunta, ¿dudamos? Y esto me trae el recuerdo de un profesor de filosofía que tuve cuando estudiaba la maestría en Filosofía, quien en una ocasión se me acercó y con una mirada taciturna y voz parsimonia me preguntó:
—¿Usted duda?
Cuando me hizo esa interrógate quedé pensativo, por lo tanto, Descartes hizo mella en mí, en el profesor y en muchos otros más, entonces pasaron los años y seguí pensando en Descartes, hasta que me topo con un poemario maravilloso, filosofal, existencial y pensamiento como lo es el libro Por Descartes de Yasmín Navarrete, publicado por Editorial Signo. La poetisa se conmueve con el filósofo y refleja su pensamiento de una forma somera, pero también intuitiva porque ella explora la duda, incluso se apodera de su ser, para debatirse sobre sus pensamientos que inclinan en su corazón.
La poesía de Yasmín Navarrete va desde la duda hasta la preocupación por las cosas, donde el amor está en sus versos, preguntándose por ese sentimiento que viaja en los astros. En el poema «Estrella oscura» la poetisa dice: Continuar a ler ““Por Descartes” de Yasmín Navarrete – Recensão de Moises Cardenas”

HOMENAGEM AO POETA NICOLA MADZIROV- por Viviane Santana Paulo

 

Nicola Madzirov, poeta, editor e tradutor. https://www.poetryfoundation.org/poets/nikola-madzirov

A liberdade do não-pertencimento na

poesia de Nikola Madzirov

Em uma bela tarde, com a silhueta do vulcão Mombacho acima dos telhados das casas, na famosa Calle La Calzada, em Granada, na Nicarágua, conheci o poeta macedônio Nikola Madzirov. Na ocasião do VIII Festival Internacional de Poesia, em 2012, alguns poetas e eu tomávamos cerveja, sentados a mesa na calçada. Falamos de poesia brasileira e de outras nacionalidades, sobre ser poeta e muitas risadas ecoaram pela estreita ruela. Nikola Madzirov nasceu em 1973, em Estrúmica (a maior cidade no leste da Macedônia do Norte, perto da fronteira com a Bulgária), proveniente de uma família de refugiados das Guerras dos Balcãs. Ele conta que aos 18 anos, o colapso da Iugoslávia provocou uma mudança em seu senso de identidade – como escritor, levando-o  a reinventar-se em um país que se via como novo, mas que ainda era alimentado por tradições históricas profundamente arraigadas. No ano seguinte, Madzirov participou do Festival Internacional de Berlim e me presenteou a tradução para o alemão da coletânea de poemas Pedra Deslocada (Versetzter Stein). Assim traduzi alguns de seus poemas (do alemão para o português), publicados no Jornal Rascunho, em 01/10/2012. A revista semanal alemã Der Spiegel comparou a qualidade da poesia de Madzirov à de Tomas Tranströmer. Seus poemas foram traduzidos para mais de quarenta idiomas. Ele recebeu vários prêmios nacionais e internacionais, é editor da edição macedônia da Antologia da Poesia Mundial: Séculos XX e XXI, e um dos coordenadores do site internacional de poesia Lyrikline, com sede em Berlim, além disso, é membro do júri do maior prêmio internacional para este gênero literário, o Prêmio Griffin de Poesia, do Canadá. Continuar a ler “HOMENAGEM AO POETA NICOLA MADZIROV- por Viviane Santana Paulo”

OS INTELECTUAIS- por A. Sarmento Manso

 

Cursos e percursos dos (pseudo)intelectuais

O que é e como se faz um intelectual? Os dicionários da língua portuguesa com mais ou menos palavras apresentam o intelectual como alguém que trabalha em actividades que requerem o intelecto: um indivíduo que mostra interesse pelas coisas culturais, literatura, poesia, cinema, artes plásticas, teatro… O intelectual quase sempre se (auto)apresenta como um ser à parte do vulgo. Faz questão de se exibir de forma andrajosa e de frequentar os lugares que se acredita ressumarem de cultura onde se faz logo notado. Passeia-se nas exposições que estão na moda, frequenta os bares mais concorridos, anda com os livros acabados de publicar. Absorvido no mundo da cultura, facilmente esquece a multidão que o rodeia e os problemas que a preocupam. O intelectual pelas nossas terras tende a imitar quer no visual quer no comportamento aqueles que escolheu como seus mentores e porque teve a sorte e a felicidade de estudar e frequentar outros países, diz mal do povo onde nasceu, na exata medida que rende inteira vassalagem ao que de fora lhe vai chegando ou ao que lá fora vai buscando. Continuar a ler “OS INTELECTUAIS- por A. Sarmento Manso”

RESENÃ DE “AMORES Y DESAMORES” DE CLAUDIA VILA MOLINA – por Rodrigo Verdugo Pizarro

Adentrarse en la obra poética de Claudia Vila Molina -la que permanece  mayormente inédita- con la excepción de su primera obra “Los ojos invisibles del viento”, más textos suyos que han sido publicados en diversas revistas nacionales y extranjeras, revistas que están mayormente adscritas a lo que es el movimiento surrealista actual por ej. Revista Athena de Portugal, Revista Materika de Costa Rica, etc, implica detallar al menos una de las filiaciones de esta escritura, para no referirnos al concepto de influencias, que según lo conversado con Claudia me parece más exacto. Continuar a ler “RESENÃ DE “AMORES Y DESAMORES” DE CLAUDIA VILA MOLINA – por Rodrigo Verdugo Pizarro”

A VIAGEM DO ELEFANTE – por Celso Gomes

A VIAGEM DO ELEFANTE         

Em maio deste ano, publicamos na Athena o artigo Quem Porfia Mata a Caça, no qual procurávamos analisar o romance O Homem Duplicado de José Saramago. O tempo passou, outras leituras vieram e me esqueci por completo do escritor português até que li uma notícia antiga sobre sua doença em um jornal do Rio de Janeiro, meses antes, de Saramago ressurgir nos cadernos literários brasileiros com entrevistas e um novo livro publicado: A Viagem do Elefante. Continuar a ler “A VIAGEM DO ELEFANTE – por Celso Gomes”