NOTA PRÉVIA
Há décadas que a vida artística de Ângela Ro Ro pairava no perigeu, cada vez mais afastada do apogeu dos anos 80 e 90. Uma década atrás, ela ainda tentava superar a a fase de quarto minguante, buscando o usufruto de um novilúnio. Todavia, este mês de setembro, sua lua se precipitou na escuridão do eclipse total. No passado dia 8, a menina rebelde da MPB não resistiu a uma infecção pulmonar. Em eclipse perpétuo não ficará, todavia, o precioso reportório registrado ao longo de 46 anos de carreira. Esse patrimônio cultural da música brasileira
prosseguirá brilhando num perene plenilúnio. Ro Ro continuará aprontando, causando escândalo para alegria, alegria de milhões de fãs.
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“Agora, finalmente, estou feliz da vida.” Vai para uma dúzia de anos disquei um nº de fone e do outro lado do fio escutei o afável alô de uma aloprada menina do Rio. Acendendo na fala um halo verde esperança, a mina trauteou Feliz da Vida. .“Pra que fugir de ser feliz da vida” Nesse ensejo, uma lua nova parecia estar despontando no seu firmamento artístico. O regresso ao plenilúnio dos anos 70 e 80 não seria uma ideia extravagante. O esplêndido talento de intérprete continuava vigoroso. Talento que sempre soube se aliar à exímia pulsão inventiva da compositora. Desde os alvores, esse binômio se mostrou ágil na proposta de uma praxis capaz de harmonizar numa fusão melódica a MPB com as simpatias e empatias pelo jazz e pelo blues. Continuar a ler “DE BEM COM A (SUA) MÚSICA – por Danyel Guerra”





























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