OS 4 CAVALEIROS APOIADORES DE CARLOS MAGNO EM SUA MARCHA PARA ITÁLIA NO SÉCULO VIII
O arcebispo Wilkarius
“O Espada Gloriosa”
O arcebispo Wilkarius, Warin III de Thurgau, o capelão Foraldus,e Adalardus – todos da cepa wido de Hesbaye
Neste ensaio pretendemos ressaltar a figura do guerreiro e religioso Wilcharius, um dos quatro cavaleiros religiosos e apoiadores Carlos Magno em sua descida para a Itália.Nesta oportunidade sugerimos sua associação aos quatros cavaleiros religiosos lembrados pelo historiador Giovanni Cavalcanti no século XV (6), saídos próximo de Colônia, do castelo St. Gilles.Continuar a ler “OS 4 CAVALEIROS DE CARLOS MAGNO – por Rosa Sampaio Torres”
Estava certa vez, num passado não tão distante, observando o mundo a minha volta. Meu olhar estendeu-se até onde não dava mais para enxergar, onde o horizonte se misturava com o céu e formava um barrado indefinido. Nesse dia à tardezinha, o sol mergulhava no horizonte, e lá longe um barrado dégradé surgia. Silenciosa e atenta, nesta tarde fresca de brisa suave que cariciava meu rosto pude observar quão grande é a grandeza de Deus.
Naquela tarde senti-me inspirada e num breve momento descrevi numa folha de papel, com clareza e fino senso, a esplêndida natureza que se descortinava impregnado minha retina. Uma das mais admiráveis tardes, que a primavera a inebriava com o aroma das flores de variáveis espécies. Como nada dizer? _ Sendo esta, uma tarde para cultuar a estética do universo vivo e sentido pelos poetas em todo seu encantamento.
Arranquei-me do peito um profundo suspiro, e minh’alma sentindo-se elevada até o Altíssimo percebi, então, a pequenez do homem diante da imensidão do Universo. Compreendi, naquele instante, que as dores deste mundo passarão e o essencial alento humanista, o verso sublime, a cantoria matinal e vespertina da passarada nos faz ver o mundo com mais esplendor. Compreendi que a vida é melhor se não houver perca de qualquer significado e que, a originalidade não é saber escrever o quê e sim, sentir o que jamais se escreverá.
O sol continuou o seu caminho, submergindo no horizonte derramando seu calor nas águas de algum oceano donde meu olhar não conseguia abarcar.
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ANJO IMAGINÁRIO
Minhas asas estão prontas para o voo se pudessem,
Mas meu corpo cansado da lida impede-as.
Eu retrocederia se pudesse, pois eu seria mais feliz
se permanecesse imersa no tempo, viva.
Às vezes, imagino que sou um anjo pretendendo
afastar-me da dureza desse mundo,
com olhos escancarados,
boca dilatada e asas sempre abertas…
É esse o aspecto desse anjo o qual imagino o rosto
direcionado ao passado onde ver uma cadeia de acontecimentos,
uma catástrofe única que acumula incansavelmente
ruínas sobre túnel e as dispersas ao nossos pés.
Ele gostaria de deter os maus feitores,
acordar os “mortos” e juntar os fragmentos,
mas uma tempestade sopra-o do paraíso e prende-se
em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las.
Essa tempestade impele-o irresistivelmente para o futuro
ao qual ele vira as costas enquanto o amontoado de ruínas
cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.
Chego à maturidade supercarregada de conhecimentos
e experiências, embora não sendo de fato um anjo bem feitor,
mas, deixo a minha contribuição ao mundo: o meu legado.
o quanto a gente é caroço da gente
se sofre por não conseguir semear rebrotar
o que seríamos sem a nossa casca?
tem gente que não cai nem de maduro
tem gente que tá lá no solo
livre da haste mas não do poder das formigas
as horas despencam
os dias vão caindo dia-a-dia
as descobertas se tornando bagaços
o tempo vai modificando a areia
os grãos vão migrando para perto e longe
de si
a gente é o caroço da gente
bagos na escádea picinguaba na árvore azul
A singular pluralidade de Fernando Pessoa passa, antes de tudo, pela gênese artística de seus heterônimos. Seja como Fernando – o próprio – , Álvaro, Alberto ou Ricardo (ou ainda Bernardo e outros menores), o genial poeta criou personagens que existiram soberanos em estilo, temática, dimensão estética e qualidade. Continuar a ler ” EDITORIAL – “Pessoa: Singularmente plural” – por Jaime Vaz Brasil”
A vida tornou-se-me leve, a mais leve, quando exigiu de mim o mais pesado.
Friedrich Nietzsche* in Ecce homo
1844 e a criança é o filho primogénito no pequeno colo, na pequena casa, na pequena aldeia. A janela aberta de par a par recebe a brisa do outono e convida o menino a fazer voar as suas ideias pelo mundo inteiro. Friedrich. Continuar a ler “FRIEDRICH, O PASTORZINHO – por Adília César”
Un día particular choca de frente contra el influjo del aire
es necesario cuadrar esta nomenclatura traducir rostros menores
y anunciar los cultos
será por lo tanto una nueva llamarada entre los vigilantes
¿Será que permanecen ensombrecidos entre sus ramas de invierno? Continuar a ler “ATÁVICA – por Claudia Isabel Vila Molina”
A LUZ NOS OLHOS DA POESIA INAUGURAL DE DELALVES COSTA
O Ininterruptos, choremos ruas dentro dos ossos, novo livro de Delalves Costa, pela editora Bestiário, do lúcido escritor-editor Roberto Schmitt-Prym, não é apenas a surpresa da descoberta de um poeta, que se constata pelos primeiros versos, mas também é o reconhecimento de sua maturidade, com original visão do mundo. Continuar a ler “O ININTERRUPTUS de Delalves Costa – PREFÁCIO de Carlos Néjar”
A pré-publicação deste conto nas páginas de ATHENA antecipa sua edição no livro ‘Corpo Estranho’, de Danyel Guerra, com saída do prelo prevista para dia 3 de maio, SEGUNDA-FEIRA, no Hard Club, ao Mercado Ferreira Borges, Porto, no set do Fantasporto. Horário: 18 horas.
NO ENTRUDO, VALE TRUDO
C’est l’enfer, l’éternelle peine! Voyez comme le feu se relève! Je brûle comme il faut. Va, démon!”
Arthur Rimbaud
Na memória ainda vivaz e lúcida da Virgem de Vandoma não há lembrança de um dia tão gelidamente irado na cidade sua protegida. Fustigado pela algidez do clima, possuído, porem, pela agilidade da chita, um cavaleiro sobe a íngreme rua de Ceuta, como se estivesse voltando a 1415. E só para em frente de um edifício de consultórios, onde entra ajustando o elmo das “manhãs de oiro e de cetim”(1), em que um puma estilizado esboça o bote. Continuar a ler “NO ENTRUDO, VALE T(R)UDO – por Danyel Guerra”
Com sua Poesia Reunida, Thereza Christina Rocque da Motta, está completando o seu Sacerdócio previsto por Olga Savary sendo-lhe uma vida dedicada como nessa citação lapidar:
Poesia: magia prolixa, progresso do sol, não se constrói a partir de certezas, mas sim através das interrogações e esquadrinhamentos que, estes sim, nos fazem crescer. O poema é feito pelo poeta e, se todos os que estão ouvindo seu texto falam a mesma língua e estão na mesma sintonia, poderão estar entendendo em uníssono o poema.Continuar a ler “A POETISA E SEU SACERDÓCIO – por Eric Ponty”
Quando o debate estava nos últimos minutos uma senhora daquela idade sempre comparada às protagonistas do Balzac, embora use roupas street como se fosse saltar muros, pediu a palavra, falou de voz amedrontada e agradeceu terem lhe deixado entrar no debate mesmo sem ser académica, mas desde que terminou o curso concorreu a diversos empregos e só consegue trabalhos muito abaixo da formação obtida e sente cada vez mais que é por ser negra, devagar devagar isso oscilou entre pequenos monstros lhe crescendo na cabeça até se juntarem num monstro enorme e desde o ano passado começou a ter desmaios foi levada às urgências, a princípio diziam ser do calor depois do cansaço até uma médica passar o diagnóstico de ansiedade perigosa causada por sensação de ameaça constante. Continuar a ler “JOANA MALUCA – por Jonuel Gonçalves”
Luís Guerra e Paz – Chegou a este mundo em 1970. Diletante incorrigível, apaixonou-se por alguns hobbies e enfastiou-se de outros tantos. Contudo, embora de forma autodidacta e pouco disciplinada, manteve sempre uma relação com a fotografia. Não sabe se é pelo prazer de capturar um ambiente, um olhar ou um pormenor, ou se é devido a uma pura necessidade quase física, que o impele a documentar algo que o impressionou.
Recientemente Ediciones Richeliú, de Buenos Aires, publicó el cuarto tomo de la serie ‘Documentales. Entrevistas a escritores argentinos’, que recopila las opiniones y los pareceres de una selección de autores de dicha nacionalidad. Gracias a la recopilación en sus páginas de las entrevistas realizadas por Rolando Revagliatti (1), antes publicadas en diferentes medios de comunicación, es posible para el lector acceder a este interesante material de consulta. En ‘Documentales IV’, poetas y narradores se explayan acerca de una gran variedad de temas, que van desde las peculiaridades de la obra propia hasta sus criterios en cuanto a la ubicación en el panorama de las letras contemporáneas, sus preferencias y rechazos literarios, los movimientos estéticos a los que han pertenecido o corresponden en la actualidad, así como su paso por el acontecer político y social en que se gestaron sus trabajos. Simultáneamente, los entrevistados proveen precisa información respecto de su modo de plasmar los trabajos y la manera en que cada título dialoga con los demás de su autoría. Continuar a ler “OPINAN LOS ESCRITORES ARGENTINOS EN “DOCUMENTALES IV”- por Luís Benítez”
Meus queridos alunos, deste e de outros anos letivos.
Eu sei perfeitamente que muitos de vocês não gostam de ler. Posso imaginar porque razão isso acontece, mas o que eu vos gostaria mesmo de falar é a razão pela qual eu gosto de ler (e seria interessante também perguntarem aos vossos colegas que gostam de ler o porquê).
Sei que gostam de ver filmes e séries, de estar no telemóvel nas redes sociais e nos jogos – e eu também! – mas, os livros para mim são muito mais prazerosos do que qualquer atividade das que mencionei.
A primeira das razões porque isto acontece é a imersão, palavra complicada para quem não faz mergulho, mas posso vos dizer eu é o sentimento de estar “embrenhado” na história, no livro neste caso. Algo que não consigo tão profundamente com os filmes e as séries. Distraio-me menos, talvez porque a leitura me obriga à concentração. E nesse momento de imersão eu deixo de pensar noutras coisas, esqueço o mundo, fico só concentrada naquele livro, e é nisso que penso e reflito. Sentimento que se arrasta para depois da leitura. E porque é que isso acontece comigo? Talvez o segredo seja mesmo a fluidez da leitura, que é algo que se adquire com muitos anos de leituras. Outro segredo é, sem dúvida, encontrar o livro correto para mim, para o momento de vida que estou a viver. E acreditem que desisto de muitos livros – afinal é um dos diretos do leitor.
A segunda das razões é o prazer. Não apenas o prazer momentâneo da leitura, mas um prazer que fica em contínuo, de cada vez que penso naquela mesma leitura, seja poucos momentos depois, seja anos, mesmo! Algo que as redes sociais e jogos não nos transmitem. É certo que nos dão um prazer momentâneo, mas a maior parte das vezes até nos trazem frustração. Quantas vezes estamos ali à espera que nos apareça algo de especial e interessante que nunca aparece? Pelo contrário, ao terminar um livro há um sentimento de completude. Mesmo que seja uma narrativa com final aberto.
Ficaram com vontade de ler? Sei que se não tiverem fluidez de leitura suficiente não é a começar pelos “Maias” que vão ter estes sentimentos. Mas há tantos, tantos livros. Vão às bibliotecas, às escolares e às municipais, estão lá pessoas que vos podem ajudar. Perguntem aos vossos professores e aos vossos colegas. E não tenham problemas em desistir e começar outro livro novamente.
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Olinda Pina Gil é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e mestre em Ensino do Português e das Línguas Clássicas. Tem também uma pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos. Iniciou a sua prática de escrita no “DnJovem”, suplemento do “Diário de Notícias”. Colaborou em diversas colectâneas e publicações, e foi 3º prémio do concurso literário “Lisboa à Letra” em 2004, na categoria de prosa. Editou, a título independente, em 2013 “Contos Breves”, e, pela Coolbooks, chancela da Porto Editora, “Sudoeste” (2016, 2014 em ebook) e “Sobreviventes”(2017, 2015 em ebook). Escreve no blog www.olindapgil.blogspot.com
El grito de los vendedores ambulantes y las rosas marchitas anunciaron que mi vida era un desastre. Nunca soporte los gritos, que reflejaban el estado decadencia en la que estaba nuestra relación. Relación que se deterioraba ante la falta de sexo y conversaciones del diario vivir. Verónica luchó porque esto fuera un mal sueño y las orquídeas iluminaran nuestras mesas como años atrás. No quise unirme a su lucha y me alejé de la sexta calle que era el coro de nuestra vida.
Recorriendo sus pasos
Recordé que nuestra historia nunca se escribió entre rosas y días de sol. Silvia y yo nos conocimos en el bar que solía frecuentar los viernes cuando salía de mi trabajo. Descubrí que detestaba los días de invierno, las comidas chatarra, y la música rabalera que le recordaba los golpes de su padrastro. No deseaba que tuviéramos una relación estable lo que presenció en su casa era suficiente para creer que nuestra relación se reducía a conversaciones del mundo, relaciones sexuales y aguardientes, momentos que me alegraban pero alejaban la posibilidad de un nosotros. Cuando le confesé que la amaba su frente se ciñó y permaneció largo rato en silencio, prometiendo que hablaríamos después del tema…
Han pasado seis meses y no regreso al bar. Sigo recorriendo sus pasos entre las orquídeas que tanto amaba, y sus fotografías se aniquilan entre mis lágrimas del ayer.
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Yessika María Rengifo Castillo. Poeta, narradora, articulista, e investigadora. Docente, colombiana. Licenciada en Humanidades y Lengua Castellana, especialista en Infancia, Cultura y Desarrollo, y Magister en Infancia y Cultura de la Universidad Distrital Francisco José De Caldas, Bogotá, Colombia. Desde niña ha sido una apasionada por los procesos de lecto-escritura, ha publicado para las revistas Infancias Imágenes, Plumilla Educativa, Interamericana De Investigación, etc.
“Ele é o mestre completo”
Maria Helena da Rocha Pereira
VÍTOR VITÓRIA
Decorria o ano de 1976, quando o escritor sueco Artur Lundkvist declarou que Jorge Luis Borges jamais ganharia o Prêmio Nobel de Literatura, “devido a razões políticas”. Categórico, sem dar chance a dúvidas, este membro da Academia Sueca desvirtuava com este anátema o caráter literário da distinção. Continuar a ler “EDITORIAL – VITOR VITÓRIA – por Danyel Guerra”
Pegarei emprestadas as forças contigo até conseguir reencontra-las em mim.
Enquanto isso a transição da terra faz a travessia em águas profundas da universalidade, imersa pela “natureza” e pela natureza humana… na terceira margem introspectivo, extraída no processo civilizatório invencionático, tangencial aos sentidos sistémicos “naturais”, mergulho. Continuar a ler “RESSOAR- por Ana Patrícia Gonzalez”
Era para além do desejo e da vastidão de sentimentos inúteis. Ia às aulas daquele professor porque, sem sequer o escutar, conseguia chegar a um êxtase.
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