CARTAS DE CRUZEIRO SEIXAS A JONUEL GONÇAVES
Cartas gentilmente cedidas por Jonuel Gonçalves, para publicação na Revista Athena. Carta de Cruzeiro Seixas a Jonuel Gonçalves, datada de Dezembro de 2018
Cartas gentilmente cedidas por Jonuel Gonçalves, para publicação na Revista Athena. Carta de Cruzeiro Seixas a Jonuel Gonçalves, datada de Dezembro de 2018
A primeira grande exposição de desenhos do conhecido artista português Cruzeiro Seixas ocorreu em 1953 em Luanda, cidade onde viveu 14 anos. Foram 48 desenhos. Quatro anos depois fez outra, sempre na capital angolana e, um desses desenhos foi-me por ele oferecido em 1959 ou 60, transformando-se em símbolo do apoio que deu ao nosso …
Continuar a ler “CRUZEIRO SEIXAS E ANGOLA – Jonuel Gonçalves”
O português Cruzeiro Seixas (1920) criou uma obra que transita com mágica afinidade entre a poesia e a plástica. Identificado desde a juventude com os postulados do Surrealismo, em 1949 participa da Primeira Exposição dos Surrealistas, em Lisboa, grupo recém-formado e que integra juntamente com António Maria Lisboa, Mário Cesariny, Mário-Henrique Leiria, dentre outros. Logo …
Eu nunca quis ser muito melhor do que outro qualquer; fiquei-me pelo vago desejo de ser um pouco melhor do que o Cruzeiro Seixas. Cruzeiro Seixas
EDIÇÃO E PROPRIEDADE: Pencil Box – Multimédia, Ldª- ISSN 2184-0709 DIRECÇÃO: Júlia Moura Lopes Logótipo e SEO : David Fernandes Email: revista.athena2017@athena Paginação Web: Júlia Moura Lopes Apoio Web: David Fernandes e Luís Guerra e Paz COLABORARAM NA EDIÇÃO Nº 28 CAPA DE: Mário Cesariny, 1972 ARTIGO EM DESTAQUE: “Giovanni Papini, O Homem Infinito”, por José …
EDIÇÃO E PROPRIEDADE: Pencil Box – Multimédia, Ldª- ISSN 2184-0709 DIRECÇÃO: Júlia Moura Lopes Logótipo e SEO : David Fernandes Email: revista.athena2017@athena Paginação Web: Júlia Moura Lopes SEO: David Fernandes ♣♣♣ COLABORARAM NESTA EDIÇÃO CAPA: Pintura Mário Cesariny, com versos de T. Pascoaes, 1972. Museu Amadeo Sousa Cardoso. Tito Leite, Thauan Pastrello,Rosa Sampaio Torres, Riz …
O Real e Sobre Real A propósito do centenário de Mário Cesariny Em 2023 celebram-se os 100 anos de nascimento de Mário Cesariny de Vasconcelos (1923-2023). As impressões que se seguem não pretendem apresentar a personagem de Cesariny nem destacar os feitos e defeitos do movimento surrealista entre nós. Um e outro trabalho está amplamente …
Continuar a ler “NO CENTENÁRIO DE MÁRIO CESARINY – por A. Sarmento Manso”
Inspirada em tela de Cruzeiro Seixas, “Longa viagem em palavras azuis” ; influência igual de “Lapo e eu” de Dante. Desejo Singrar longamente em alvas velas por mares azuis.
Este é o número 6 de Athena e com ele a revista encerra um ano de conquistas em sua agenda editorial, surgida em maio de 2017 com uma edição zero. Desde então trimestralmente vem cumprindo com valioso propósito, de trazer para a mesa virtual de leitura conhecimento e criatividade. Em seu primeiro editorial lemos que …
Surrealismo é a palavra mágica do século. César Moro Ao começar a preparar este dossiê me veio à tona uma indagação que não quero deixar por menos: como seguir uma ortodoxia que postula a liberdade total? Em conversa com Zuca Sardan, ele me diz: A liberdade total é não tentares impor tuas ideias na cabeça …
Continuar a ler “DOSSIÊ A CARGO DE FLORIANO MARTINS – “Surrealismo a palavra mágica do século XX””
Ao dizer que a criação deve brotar alheia a toda preocupação estética ou moral, André Breton (1896-1966) deixou ao sol a má interpretação que seus acólitos acabaram por ver no Surrealismo uma ausência de moral e estética.Os fundamentos do Surrealismo dizem respeito ao imperativo de uma liberdade total na criação, o que inclui a não …
Valentine Penrose (1898-1978) alcançou imenso reconhecimento graças a uma narrativa impactante dedicada à vida de Elizabeth Bathory, a condessa húngara do século XVI que se mantivera sempre jovem graças a seus banhos com sangue de virgens capturadas e mantidas no calabouço de seu castelo. A narrativa, saudada por Georges Bataille, inspirou vários filmes. Valentine escreveu …
O peruano César Moro (1903-1956) é uma das mais singulares vozes poéticas do Surrealismo. Poeta bilíngue, ele deixou a maior parte de sua obra escrita em francês. Poeta e pintor, em 1935 organiza em seu país a primeira exposição internacional do Surrealismo na América Latina. Posteriormente, em 1940, já residindo no México, Moro organiza, ao …
A biografia de Alice Rahon (1904-1987) está repleta de registros inovadores. Nos primeiros anos 1930, então casada com Wolfgang Paalen, descobre o Surrealismo, que será determinante em toda sua vida. E abre-se também um mundo de viagens, dentre os quais o período que passou na Índia juntamente com Valentine Penrose. A partir daí as viagens …
Duas grandes poetas inglesas ligadas ao Surrealismo foram Emmy Bridgwater (1906-1999) e Edith Rimmington (1902-1986). Poetas e artistas plásticas, as duas se conheceram quando Emmy passa a integrar o grupo surrealista de Londres, do qual já fazia parte Edith. Amigos de Emmy, o artista Conroy Maddox e o crítico Robert Melville, trataram de apresentá-la a …
Continuar a ler “EMMY BRIDGWATER – Reino Unido – (1906-1999)”
O argentino Enrique Molina (1910-1997) é uma das vozes mais singulares e inovadoras do surrealismo em língua espanhola. Com uma vida marcada pela aventura das viagens marítimas, esteve no Caribe, na Europa e em diversos países latino-americanos. Ao lado de Aldo Pellegrini fundou, em 1952, a revista A partir de cero, destacada publicação dedicada ao …
A intensidade erótica da poesia de Matsi Chatzilazarou (1914-1987) tem por base a descoberta de um louco amor ao lado do também poeta Andreas Embirikos (1901-1975). Com o espírito ferido por duas baixas afetivas, a morte dos pais e dois casamentos fracassados, Matsi busca um mínimo de equilíbrio na psicanálise, passando a ser tratada justamente …
Continuar a ler “MATSI CHATZILAZAROU – GRÉCIA – (1914-1987)”
Para melhor situar a presença do Surrealismo no Japão cabe referir a chamada era Taisho, que ocupa o período 1912-1926, logo após uma repressiva era Meiji que lhe antecede. Taisho abre espaço para uma expansão experimental tanto na política quanto nas artes. Um de seus resultados mais expressivos é o surgimento do Surrealismo no Japão.
Maya Deren (1917-1961) não publicou livros de poesia. Seus poemas se encontram em algumas edições póstumas e no arquivo aberto em seu nome no Howard Gotlieb Archival – Centro de Pesquisa da Universidade de Boston, Estados Unidos. O acervo se encontra inconcluso, desde a morte do curador Robert Steele.
A belga Marianne Van Hirtum (1925-1988) foi poeta e artista plástica, tendo vivido entre Bruxelas e Paris. Assim como a ucraniana Maya Deren (1917-1961), ela também foi filha de um psiquiatra. De natureza inquieta, cultivou um leque bastante amplo de opções criativas no desenho, na pintura, na escultura, no guache e até mesmo na feitura …
Continuar a ler “MARIANNE VAN HIRTUM – BÉLGICA – (1925-1988)”
Nascido em pleno deserto do Atacama, o chileno Ludwig Zeller (1927) atravessa o continente com extraordinário vigor existencial a deixar traços fundamentais por onde passa. Ainda no Chile, funda a Casa de la Luna, lugar de encontro e produção artística; no Canadá cria a Oasis Publications, destacada casa editorial com seu expressivo catálogo surrealista; no …
Logo na adolescência Isabel Meyrelles (1929) conhece em Lisboa os poetas Mário Cesariny (1923-2006) e Cruzeiro Seixas (1920), e presencia a formação de dois momentos cruciais do Surrealismo em Portugal, primeiramente o Grupo Surrealista Português, logo desfeito substituído por outro grupo, os Surrealistas. O ambiente político em Portugal acabou levando Isabel a se mudar para …
Poética e plástica, no brasileiro Zuca Sardan (1933), são como as duas asas que garantem o voo e seus inesgotáveis truques no espaço. Este invejável enfant terrible propicia ao leitor altíssima voltagem de sátira bem ao gosto do Colégio de Patafísica de Alfred Jarry.
O encontro de Jorge Camacho (1934-2011) com André Breton (1896-1966) foi decisivo em duplo sentido, o de abertura do cubano para o riquíssimo ambiente surrealista e para o francês a descoberta de um artista total – poeta, pintor, gravador, designer, fotógrafo –, marcado por um espírito apaixonado e íntegro. O próprio Camacho confessa que o …
O Surrealismo chega à Tchecoslováquia em 1930, quando o poeta Vitezlav Nezval (1900-1958) funda um grupo surrealista em Praga. Na medida em que começam a ecoar as ações do grupo, viajam a Praga André Breton e Paul Éluard, em 1934, ocasião em que Breton profere conferência sobre a situação surrealista do objeto.
A imagem que nos aterra a existência, que se torna um testamento usual, um versículo sempre na ponta da língua, cobra hoje uma tarifa existencial que nos limita a própria reflexão sobre o que somos ou deixamos de ser. Somos viciados em uma demanda reiterativa. Algo nos impede de experimentar um mundo outro sob ou …
O português Nicolau Saião (1946) é poeta e artista plástico, com atividades ligadas ao Surrealismo desde o princípio, quando participou de várias mostras internacionais de arte postal. Em 1984, juntamente com Mário Cesariny (1923-2006) e Fernando Cabral Martins (1950), organizou a exposição O Fantástico e o Maravilhoso. Estudioso e tradutor da obra de H. P. …
O galês John Welson (1953) é um desses personagens admiráveis por sua incondicional obsessão pela criação. Desde a infância que se dedica à pintura, ao desenho, à cerâmica e logo dando início também à escritura poética. Resultado dessa voracidade criativa é que tem em sua agenda um registro de mais de 300 participações em exposições …
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