
1
por baixo dos passos
sob a asa
……………desenho
o afinco contorno
……………essa bátega de água a ferver pelas costas
pela vela abaixo
……………devolvendo
como fazem as aranhas
reclamar o posto
mórfico
em desvio e desvario
2
já não há espaço para poemas fáceis
são demasiados leitos que não se conseguem desver
e eis que racha a folha
que nos vai calhar
e a pergunta flutua
no queixo que segura a boca fechada
3
há as peles que toldam o andar
e os pulos dos dias esquecidos no caderno
há o desformar o sangue
e os socalcos prontos a confrontarem o vento
no meio de nós Continuar a ler “JÁ NÃO HÁ ESPAÇO PARA POEMAS FÁCEIS – por Sandra Guerreiro”
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