TRÊS POEMAS DE Rudá Ventura

RUÍNAS DE ÁGORA

Há tanta boca
E tanta voz desmedida
Nesse silêncio repetido e gritado,

Nesse vazio de palavras que ecoam esquecidas,
Onde à margem de toda prosa
Talvez repouse alguma verdade.

Há tanta boca
E nenhum som profundo;
Há tantos dentes devorando os sonhos
E tão ímpio tornou-se o mundo,
Que mastigado resta pra nós.

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