ESCREVER- por Manuel Igreja

Escrever é procurar as palavras que urgem para que se desenhe o que sente. É entrelaçar os fios de que a alma é feita na vida que se tece enquanto esta vai acontecendo em madrugadas surgidas para serem vividas. É pontear as costuras onde por vezes se rasga o viver. É deleitar e sofrer. É clarear, mas também pode ajudar a escurecer. Continuar a ler “ESCREVER- por Manuel Igreja”

CONTO DE NATAL – por Manuel Igreja

 

O MENINO DO RIO

Nem ele mesmo conseguia explicar, mas desde que sabia de si, o menino sentia uma enorme atração pelo rio. Encantava-se com o fluir da água, ora calma e muito quieta como se fosse a pele do rio, ora revolta, como se com a sua fúria o rio quisesse mostrar descontentamento e tomar os lugares que são seus. Continuar a ler “CONTO DE NATAL – por Manuel Igreja”

O MEDO – por Manuel Igreja

 

O medo tolhe-nos. Rouba-nos o discernimento, aumenta-nos a desumanidade, cobre-nos de egoísmo primário. O medo sem que se perceba, pode fazer com que uma comunidade cordata e amiga do seu amigo e companheira do seu vizinho se transforme num ninho de vespas onde campeia a crueldade impelida por uma quase absoluta insanidade mental. Continuar a ler “O MEDO – por Manuel Igreja”

A LIBERDADE – por Manuel Igreja

“Gaivota”, por Clarice Lispector.

Por razões de circunstância que somente terão a ver com coincidência, nas últimas quase cinco décadas, em Portugal a palavra Liberdade surge-nos quase geminada com a palavra Primavera.

Apetece-me dizer ainda bem, pois uma e outra dizem-nos daquilo que mais belo existe na vida de uma pessoa. Há muitas outras mais, mal de nós se as não houver, mas esta duas provocam-nos um brilhozinho nos olhos e um encher d’alma. Continuar a ler “A LIBERDADE – por Manuel Igreja”