JUNG E OS SERTÕES – I PARTE – por Marilene Caon

Chapada Diamantina – BA  – Fotografia de André Dib

ESTUDO INTERPRETATIVO DE “OS SERTÓES” DE EUCLIDES DA CUNHA SEGUNDO O REFERENCIAL TEÓRICO DO PSICANALISTA CARL GUSTAV JUNG

1ª PARTE

Dividido em três partes, a Terra, o Homem e a luta, o livro encerra uma estrutura dialética em que o “martírio secular da Terra” sobre aquele que é “antes de tudo um forte” pode ser lido assim: a Pátria martiriza o povo até o ponto emj que explode a luta.

Essa divisão interna é influência do historiador francês Taine, o qual formulou no seu livro de 1863, “Histoire de La Littérature Anglaise”, a concepção naturalista da história, teoria na qual são três os fatores determinantes: meio, raça e momento. É também desse mesmo historiador a citação que expõe a ideia de que o “narrador sincero” deveria ser capaz de se sentir como um bárbaro entre os bárbaros, um antigo entre os antigos, para ter tido a capacidade de escrever com tal realismo e emoção. Ou seja, ter tido a capacidade de vivenciar a experiência para poder reter em seu intelecto a forma. Continuar a ler “JUNG E OS SERTÕES – I PARTE – por Marilene Caon”

DE FREUD A JUNG, ERA UMA VEZ DANTE ALIGHIERI – por Marilene Cahon

No Monte Olimpo, Zeus, observando a curva geodésica, decidira alterar a lei das três unidades, retirando do Conhecimento as noções de ação, tempo e lugar. Desaparecidas essas realidades, o movimento passou a ser atemporal, permitindo a interação das relações humanas em todos os espaços possíveis.

Divertia-se com as confusões que eram geradas. Seu riso ecoava pelo universo. Quem estava apreensivo e nem um pouco feliz era Khronos. Ao contrário, Kairôs sentia-se cada vez melhor. Aion, por sua vez, chocou-se e emudeceu. Continuar a ler “DE FREUD A JUNG, ERA UMA VEZ DANTE ALIGHIERI – por Marilene Cahon”