ZUCA SARDAN – BRASIL – (1933)

Poética e plástica, no brasileiro Zuca Sardan (1933), são como as duas asas que garantem o voo e seus inesgotáveis truques no espaço. Este invejável enfant terrible propicia ao leitor altíssima voltagem de sátira bem ao gosto do Colégio de Patafísica de Alfred Jarry. Em sua autobiografia-relâmpago, ele comenta acerca de um caderno de desenhos que passou a preencher desde que viu o Zeppelin indo em direção ao Pão de Açúcar: Um dia minha mãe descobriu o caderno secreto e o trouxe pra sala, e mostrou ao Paulo Bello, um tipo extraordinário, elegantíssimo, colete, com relógio de corrente, gravata Coco Chanel, e um charutão puro Habana, voz roufenha, e que passara a juventude em Paris, no Champs Elysées, no Moulin Rouge, na Opera Garnier, no Louvre, nas peças de Sarah Bernhard. Adora o theatro, e com essa autoridade de grande parisardo, tomou do livro, e começou a recitar com máxima dramaticidade. Minha mãe chorou, meu pai manteve, correto marxista, um silêncio distinto. Mas eu, desde então, tornei-me um poeta surrealista, bien sûr. Poeta, desenhista, dramaturgo. Sem que desconfiasse Paulo Bello, foi o primeiro personagem de Zuca Sardan, assim como todo o cenário imaginado a partir da palavra Paris. Em meados dos anos 1960, tornou-se diplomata, vindo a representar o Brasil na Argélia, República Dominicana, Estados Unidos, União Soviética, Holanda e Alemanha – quando então resolve viver em Hamburgo. Grande amigo de décadas, Francisco Alvim assim o descreve: Sardan utiliza os encantos dos mitos infantis para melhor desvendar aos adultos os desencantos do mundo. São fábulas e apólogos narrados com uma delicada pena de urutau, constantemente banhada em ironia e humor sem equivalentes nas letras pátrias. É como se ele relatasse para nós a vida (o mundo) como ela (ele) é e a gente não se desse conta. Dentre seus livros: Osso do coração (1993), Ás de Colete (1994), Babylon (2004), Ximerix (2013) e O iluminismo é uma baleia (2016), trilogia teatral escrita a quatro mãos com Floriano Martins. [FM]

OVO PHILOSOPHAL

A Terra não é esférica, mas sim, em forma de Ovo… Que se assenta sobre o seu bundão maior. O Bundâo Maior do Ovo é o Meridional, onde se encontram a África e a América do Sul, com a Terra do Fogo das deslumbrantes Gigantas Patagonas… e o Polo Sul, com os Pinguins em traje de gala, esperando o Armagedom. Nosso livro abrange a História desde a explosão do Ovo Cósmico até… o Armagedom. E todo ilustrado, por tratar-se de uma obra neo-rupestre, onde as imagens têm um valor de escrita mental. As leitoras ficarão encantadas com a variedade de ztampas!… quanto aos leitores… que s’enquadrem lá como possam… Guardemos apenas alguns marcos referenciais. A parte escrita serve de rodapé elucidadivo de alguma passagem mais escabrosa das ztampas, que apresentamos com uma confianzza de condottere, de Coglione a Cavalo, que impõe respeito aos mais prestigiosos liceus. O livro mantendo o padrâo moral da kola criativa, e do pastiche fulminante, é um manifesto totêmico: devemos kolar a granel, em grego, latim, macarronix… Assim, por exemplo, uns nacos de frases sacados de sábios famosos, salpicados com solertes mudanças duma ou outra palavra, no korpo-santo do artigo kurto produz um efeito de lembrança do Paraíso. As ressonâncias dos nacos usurpados, além de trazerem uma nobreza indefinível ao artigo, enlevarão, pelos ecos familiares na mente, os leitores mais eruditos. Sucesso garantido. Os kioskes mais finos serão invadidos pelas musas e corifeus de nossa elite em delírio… que se trocarão sopapos pra conseguirem um exemplar.

AVISO DO EDITOR | A seguir tornaremos públicos, mas com letra invisível os trechos mais escatológicos do Manifesto. (Só poderão ser lidos numa pantalha translúcida, projetados pela luz de uma lanterna ultravioleta lançada sobre as páginas do livro).

Depois das colagens cubistas e daquelas surrealistas de Max Ernst, chegou o tempo de retornar à cola escolar, como foi proposto por Alfred Jarry que colou de si mesmo e de seus camaradas de colégio o texto do Rei Ubu que virou assim uma obra-prima da literatura mundial. O colador de gênio ultrapassa o cu-de-ferro de quem havia colado a matéria prima em virtude de uma ciência secreta alquímica de transformação de bosta de burro em ouro filosofal. Essa transformação será tanto mais radical quanto menos for mudada a matéria prima, até o ponto em que parecendo _ para a turba singela _ ser totalmente idêntica à original, a matéria filosofal terá sido inflamada pela chama invisível de Prometeu.

Será preciso então superar inteiramente o preconceito moderno contra a cópia para produzir a verdadeira Bosta Filosofal, i.e., transmutada em ouro?

Sim, é bem este o caso… não poderemos nos furtar a essa missão irrealizável, quase suicida, de desafiar o mundo das finanças globalizadas… Contra os originais da atual arte de bosta (e aliás o dinheiro é um avatar da bosta e vice-versa), e logo para transformar essa bosta em ouro, é preciso representar as originais através de FALSAS cópias!…Pois… se as cópias fossem verdadeiras de verdade elas seriam cópias da bosta circundante e logo bostas de cópias… É por isso, então… que é preciso criar as falsas-cópias, que são o Ouro do Ovo Philosophal

Creio que os instalazzionistas partiram pros videos etzetz justamente pra destruir o instante eternizado kanteano, mas isso me parece uma fuga pra fora da tela, scaparam por traz da moldura, o psicopatetismo do marcel duchamp pret-a-porter. O dificil justamente eh não fugir da tela, qual Leonidas nas Thermopilas enfrentar a chuva de flechas dos xerxes da posmodernidade aprés tout que xerxez vous? eppure si muove!…

& Para encerrar, um furo de reportagem:

COMO SERIA POSSÍVEL fazer face ao desafio de uma tela que se afirma por sua súbita ausência no Salão de Outono?

A tela em questão, “A Travessia do Mar Vermelho pelo Faraó Engolfado” é somente conhecida pelos relatos de Dona Redinha, chefe do setor de vigilância do Palácio das Artes.

Tal paradoxo é a confirmação de uma tradição, devidamente conservada no Katalox Kolax, mas desaparecida em torno: a Pintura Mental.

OVOS INDUSTRIAIS (MYSTÉRIO ALCHÍMICO)

A Origem do Cosmos!… O Ovo Primordial levou a terrível porretada… BANNNNNGGGG Explodiu CAPOOONNNGAAAA… Do Ovo destroçado os cacos formaram as constelações e planetas… Mas os cientistas espertos tão sabidos em explicar a origem do Cosmos a partir do Ovo… Fingem esquecer de que antes da origem do Cosmos seria preciso explicar a ORIGEM do OVO!!!

Se houve uma Galinha Primordial que tenha posto o Ovo, donde teria ela surgido? Dum Ovo!!! E assim teríamos uma sequência Ovo-Galinha-Ovo-Galinha INFINITA… O Infinito Retrospectivo do Passado Infinito é o Verdadeiro INFINITO do Tempo. Porque enquanto o Presente vai comendo o Futuro… logo a seguir o Passado come o Presente initerruptamente, a cada dia, a cada segundo…

Então seria preciso saber: se o Passado vai crescendo cada vez mais… Será que o Futuro um dia acaba?… E a Origem das Espécies?… Enfim, a luta de preservação das espécies, umas tendo de se alimentar das outras… é a origem da luta de classes: o operário inventou o Ovo!… Mas o Capitalista… inventou a Galinha.

Tendo assim o Ovo sido inventado pelo Proletário… Se as galinhas fizerem greve… o Capitalista vai querer que o Galo ponha os ovos… ou vai pra panela.

“Mas Seu Capitalista, eu sou galo, não sei botar ovo…”

“Pois bota lá o que possas, em forma arredondada, embrulhamos de celofane, e vendemos pra Páscoa…”

FUNDAMENTOS DA MITOLOGIA BRASILEIRA

  1. DESCOBERTA DO BRASIL

Partindo de Lisboa em grandes pompas, sob os impropérios do Velho do Restelo, e os auspícios do Lyceo Pytanga, o almirante Pedro Álvares Cabral, altíssimo, um metro e noventa, com sua poderosa frota de dez caravelas a caminho das Índias, sofre, perto dos A§ores, os castigos de tempestade, e colossal Baleia amestrada por Netuno a pedido de Baco, que anda sempre inventando perigos e tribula§öes pros bons portugueses.  Caracolando nas ondas fugindo da Baleia do mar enfurecido, as naves väo bater no Brasil, que o almirante Cabral assim descobre, e batiza de Ilha de Vera Cruz, meio por acaso, no dia 22 (dia do Tigre e do Louco do Tarot)de abril de 1500. O escriväo da esquadra, Vaz de Caminha de pijama, capricha na caligrafia, numa carta ao Rei D.Manuel I, contando maravilhas da nova terra, a exuberância da floresta, a amabilidade dos habitantes, uns selvagens quase nus, e a gra§a de suas damas usando somente algumas plumas, provocantemente penduradas aqui e acolá com o rabo meio de fora. Os marujos se interessaram pelas morenas, a exemplo do acontecido no Canto IX dos Lusíadas., e especificamente no Canto XI que se perdeu com o infausto afogamento da chinesita Dinnamene, gorduchita, parecia coreana, e que sobra§ava colossal rolo da manuscrito, seguindo nas ondas o Camôes, que levava os dez outros rolos, a recitar a morte de Inês de Castro, a meio do trágico naufrágio da nave, no delta do Mekong.

A primeira providências do almirante, ao desembarcar com os marinheiros, escriväo e sacerdotes, é mandar rezar uma missa, a que assistem, näo só os portugueses, mas também os aborígenes espalhados à volta, e alguns encarapitados nos galhos das árvores. Entre os assistentes, além de macacos e papagaios, haveria certamente sacis. A segunda providência, näo menos importante, é colocar um marco com o escudo de Portugal, tomando posse da terra, conforme as expectativas reguladas pela bula do Papa Alexandre VI, que mandou serrar o globo terrestre de seu gabinete ao meio, com as partes a serem descobertas, dando um hemisferio pro Rei da Espanha, e outro pro Rei de Portugal, onde foi colado o escudo do clube de regatas e futebol do Vasco da Gama.

As duas primeiras providências do almirante Cabral ao desembarcar no Brasil, säo uma manifesta§äo da ideologia portuguesa, cantada pelo vate Camöes nos versos iniciais d’Os Lusíadas: dilatar a Fé e o Império, mais do que prometia a força humana, rezando uma missa e plantando uma cruz aqui e um marco com a cruz do Vasco acolá.

  1. CATEQUESE DOS SILVÍCOLAS

A catequese dos aborígenes cabe, durante todo o século XVI, aos jesuítas. Destes, os mais notáveis säo Nóbrega e, principalmente, Anchieta, que escapou de ser santificado por acaso, face a acusação de que puxara um enforcado pelo pé. Os silvícolas brasileiros se alimentam da caça e pesca, tarefa dos homens, e do cultivo de raízes, sobretudo a mandioca, da coleta de frutas, e culinária, atividades destinadas às mulheres. Em algum local de nosso livro há uma série de saborosas receitas bororós, com requintados pratos de churrascos de tatu, bifes de capivara e sopa de jabuty. Moram as famílias juntas numa enorme habitação em forma de abóboda, a maloca, feita de armação de madeira coberta de folhagem. O cantinho da privada é um buraco no quintal de que o bolâo de bosta é utilizado na fertilização do solo das plantações. O chefe da tribo é o cacique, segundo a terminologia cinematográfica do Cine Azteka.

Outro personagem importante , embora incompetente na caça, pesca e guerra, é o pajé. Velho, encarquilhado, desajeitado para os afazeres práticos, näo sabe fazer praticamente nada. Mas tem suas manhas… Usando colares, pulseiras e enigmáticas pinturas corporais, ele fuma, canta, conta belos disparates, solta gritos terríveis. Artista mímico e mago, goza do maior admira§âo na tribo.

O pajé trata os doentes por sopro, sucção, fumegação e com ervas, de que conhece os milenares segredos mágicos e medicinais. Ademais, dirige o ritual de iniciação dos adolescentes. Faz exorcismos. Toma poções alucinatórias, entra em transe e se comunica com o mundo sobrenatural, donde traz mensagens oraculares. É o intercessor entre os viventes e os espíritos. Destes, o mais importante, é Jurupari.

Os jesuítas identificaram rapidamente a verdadeira idetidade do Jurupari: é o próprio Satanás. E buscaram, dentre as demais divindades locais alguém que fosse bem inofensivo, discreto, se possível broxa, e alheio às práticas maléficas do pajé. E descobriram Tupan, deus desprovido de qualquer prestígio, que é o deus da eletricidade: troveja e solta raios e relâmpagos, sem qualquer proveito para a tribo. Assim afastado das sacanagens e negociatas das outras divindades familares do pajé, Tupan foi rapidamente entrando de coadjuvante da catequese.

Nomearam os jesuítas entäo Tupan como Deus-Pai, de modo a levar os desavisados silvícolas a ingressar, täo distraidamente quanto possível, no cristianismo. E a mitologia aborígene foi sendo assim assimilada pela ideologia cristä. Mas esse processo de assimilação levou também a uma paulatina infiltração da mitologia aborígene no imaginário religioso luso-brasileiro, com a Umbanda e o Caboclo Sete-Flechas. A Umbanda representou uma vertente democrática do Espiritismo, que estava no Brasil reservado à classes abastadas e granfinas que adotavam todas as novidades francesas. No Século XIX, enquanto a cultura íbero-americana, após o Romantismo, adotava o simbolismo, a brasileira adotou o Parnasianismo na poesia, e o Positivismo na Filosofia Política. Com os ideais de Augusto Comte os militares derrubaram a Monarquia, e Dom Pedro II preparou-se pra embarcar rumo ao exílio. A bordo do batel que o transportava pro vapor, alguém lhe mostrou um projeto da bandeira republicana, listrada de verde-e-amarelo com o retânguol azul esptrelado. Dom Pedro afagou as brancas barbas e motejou: “Que coisa mais jeca… ”

  1. PRESENÇA AFRICANA

Além de protegidos dos padres da Companhia de Jesus, os silvícolas se revelam pouco aptos ao trabalho, e escapam facilmente pra floresta. Os colonizadores portugueses resolvem, pois, comprar escravos africanos oferecidos por exportadores tuaregues. Importados em crescentes quantidades, em levas sucessivas de centenas e mais centenas de milhares, os negros logo se tornam indispensáveis aos trabalhos agrícolas, e entram, sobretudo as mulheres, na vida doméstica dos senhores brancos, como cozinheiras, amas de leite, muitas das quais acumulavam o serviço de concubinas. Forçados a adotar a religião católica, os africanos seguem, secretamente, adorando seus orixás, sob o disfarce de santos católicos. Assim, a cada santo corresponde um orixá, e vice-versa. Após décadas, séculos, de tais práticas, o disfarce se transforma numa identificação completa e definitiva. Desta identificação resulta uma penetração do catolicismo no candomblé. E também, subliminarmente, uma penetração do candomblé no catolicismo brasileiro, a ponto de se dar um completo sincretismo não só dos cultos, mas, sobretudo, dos próprios santos candomblezados, e dos animais totêmicos do jogo-do-bicho.

Destarte, no exuberante cenário tropical, tendo por matriz a cultura portuguesa, mas recebendo influência muito forte da africana, e mais imponderável da aborígine, formou-se, ao longo de cinco séculos a complexa mitologia e o rico imaginário brasileiro um dos maiores tesouros da Cultura, e poderosa força do Inconsciente Coletivo Brasileiro.

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O Surrealismo foi uma feroz rejeição do classicismo heroico neoclássico dos Monarcas que posavam de penachos e medalhas e incentivaram os jovens patriotas entusiasmados de ir pra o front e forçaram os jovens céticos a irem se estripar numa colossal guerra  bestial e sanguinária, em toda a Europa, de 1914 a 1918. As razões profundas do conflito eram picuinhas e rivalidades entre o Tzar, o Kaiser, o Presidente da França. E o Rei George, sobre qual tinha o penacho maior e qual tinha o exército melhor.

A feroz revolta contra a Hipocrisia Sublime estalou em 1917, em Zurique, com o Dadaísmo, de Tzara, Hugo Ball, e seus amigos, mordazes e galhofeiros, que lançaram o Dada no Café Voltaire, numa ação de humor e sarcasmo, que logo se difundiu por toda a Europa e também na Rússia (nos bons tempos de de Lunacharsky) e… especialmente em Paris, onde foi adotado pelo grupo de Breton.

Todavia, Breton queria uma arte que lidasse com o Inconsciente, para que se desenvolvessem técnicas livres da tutela da razão. O grupo se separa do Dada e funda o Surrealismo, em 1924. Cria o grupo técnicas eficazes, tais a escrita e o desenho automáticos, e um sonambulismo provocado, onde o Inconsciente se manifesta. A todas essas práticas, alheias ao Dadaísmo, veio se juntar o militantismo político, pois os Surrealistas queriam mudar o mundo, criar uma Nova Vida e uma nova Liberdade. Mas veio ainda a II Guerra Mundial, propulsada por um Ditador psicopata louco com um poder de provocar a hipnose coletiva de toda a população e lançar a Alemanha na Conquista do Mundo. Foi invadindo país após país mas… seu exército se atolou na geleira do Inverno Russo. Terminada a Guerra, começou uma vida nova, e o Surrealismo perdeu sua preponderância. Breton volta do exílio, já envelhecido, e muitos de seus antigos colegas haviam tomado outros rumos. Limita-se Breton a frequentar o Café Étoile. Em reuniões com jovens discípulos.

Após seu falecimento, alguns discípulos mais proeminentes, resolveram extinguir o Surrealismo, Leda ilusão… O Surrealismo, com suas ideias libertárias, seguiu se espalhando pelo mundo, e muito especialmente, para nós, por toda a América Latina.

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Sugestão de vídeo:

1.  Zuca Sardan lê poemas de Ximerix
https://www.youtube.com/watch?v=aHaw9VdNOrw&t=167s
2. Google Play apresenta Conversas na FLIP com Zuca Sardan
https://www.youtube.com/watch?v=Zs6rMYOMj0o

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SURREALISMO A PALAVRA MÁGICA DO SÉCULO XX
Dossiê a cargo de FLORIANO MARTINS
Cumplicidade editorial: revista Athena (Portugal) e Agulha Revista de Cultura (Brasil)

Índice geral

01 | 1896-1966 | França | ANDRÉ BRETON
02 | 1898-1978 | França | VALENTINE PENROSE
03 | 1903-1956 | Peru | CÉSAR MORO
04 | 1904-1987 | França | ALICE RAHON
05 | 1906-1999 | Reino Unido | EMMY BRIDGWATER
06 | 1910-1997 | Argentina | ENRIQUE MOLINA
07 | 1914-1987 | Grécia | MATSI CHATZILAZAROU
08 | 1914-1987 | Japão | KANSUKE YAMAMOTO
09 | 1917-1961 | Ucrânia | MAYA DEREN
10 | 1920 | Portugal | CRUZEIRO SEIXAS
11 | 1925-1988 | Bélgica | MARIANNE VAN HIRTUM
12 | 1927 | Chile | LUDWIG ZELLER
13 | 1929 | Portugal | ISABEL MEYRELLES
14 | 1933 | Brasil | ZUCA SARDAN
15 | 1934-2011 | Cuba | JORGE CAMACHO
16 | 1936 | República Checa | ARNOST BUDIK
17 | 1944 | Brasil | LEILA FERRAZ
18 | 1946 | Portugal | NICOLAU SAIÃO
19 | 1953 | Gales | JOHN WELSON
20 | 1961 | Chile | ENRIQUE DE SANTIAGO