POEMAS – de Tito Leite

FRESTA

Moro num deserto situado
na palavra.

São tantos nomes no remanso
de uma tarde
e eu vi uma borboleta
na sombra de uma granada.

Grafei que o significante
de uma nuvem
é o seu presságio
e depois da chuva um poema
fecunda a sangria dos sábios.

Bati nos ombros de uma montanha
e acenei: no sangue do poeta
tudo é talhante,
nada é suave. Continuar a ler “POEMAS – de Tito Leite”