
O caso português
Somos um povo
com um nó na garganta
quando pega em armas
é para se suicidar
♣♣♣
O caminho da água das pedras
Tudo começou com um amor à primeira vista
trocado entre Eva e Adão numa casa de pasto
Tasco do Paraíso numa noite de fado vadio
Abraçados entre juras de amor impossível
foram para o ninho de amor fazer o Livro
Às cinco pancadas
Numa guilhotina
♣♣♣
Um papagaio refractário
Tirei o assassino que há em mim
ao sol pendurei-o com uma corda ao pescoço
de tão contente
começou a declamar
No alto da ignorância
Sou uma criança
Lucida

♦♦♦

a. dasilva o., 1958, poeta e editor em extinção. Da vasta obra, basta destacar as publicações: Poeta bom é poeta morto-vivo, Ed. Mortas, 2020; Canção Inóspita, Eufeme, 2020; FOIOQUEUDISSE; Diários Falsos de Fernando Pessoa, Ed. Mortas, 1998; Correspondência Amorosa Entre Salazar e Marilyn Monroe, Ed. Mortas, 1997. Criou e editou várias revistas como: Arte Neo e a revista Filha da Puta. Criou e realizou em dose dupla As Conferências do Inferno; Os Encontros com o Maldito em colaboração com o grupo de teatro Contracena. Co-fundou e dirigiu a Rádio Caos onde realizou entre outros programas: A. Dasilva O. Fala ao País. Edita actualmente a revista Estúpida.




























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