A ARTE E A ARTE DA PSICANÁLISE (PARTE I) – por Jorge Antônio da Silva

PARTE I

Os poetas são aliados muito valiosos, cujo testemunho deve ser levado em conta, pois costumam conhecer toda uma vasta gama de coisas entre o céu e a terra com as quais o nosso saber escolar ainda não nos deixou sonhar. No conhecimento da alma eles se acham muito a frente de nós, homens cotidianos já que se nutrem em fontes que ainda não tornamos acessíveis à ciência .

Sigmund Freud

A thing of beauty is a joy forever.

John Keats

A Psicanálise é fruto do entrecruzamento entre a literatura e a medicina, embaladas pela mitopoética grega em seu processo criativo multidisciplinar, a serviço da plural elucidação da interioridade humana. Esse singular saber que redimensionou a visão do sujeito em sua essência plurifacetada, também se valeu das escoras invetigativas de outros cientistas, cujas buscas metódicas e conscientes caminharam na mesma direção de Sigmund Freud (1856/1939). Instrumentalizada na arte da palavra, a Psicanálise percorreu seu resoluto caminho sob a crítica de detratores ao seu inventor que, dela subtraiu os próprios equívocos em constante processo de revisão nos anos em que viveu. Releitores e comentaristas formam um continuum de recriações teóricas mas as estruturas de sua edificação na história do pensamento remanescerá como verdade, enquanto existir o homem, tal a justeza em sua constituição argumentativa. A arte lhe vem como ossatura estruturante, como esteios colaterais. O segmento seminal da Psicanálise se estatui por uma tríade de personagens do tragediógrafo Sófocles (?/406 a. C). Continuar a ler “A ARTE E A ARTE DA PSICANÁLISE (PARTE I) – por Jorge Antônio da Silva”

DE FREUD A JUNG, ERA UMA VEZ DANTE ALIGHIERI – por Marilene Cahon

No Monte Olimpo, Zeus, observando a curva geodésica, decidira alterar a lei das três unidades, retirando do Conhecimento as noções de ação, tempo e lugar. Desaparecidas essas realidades, o movimento passou a ser atemporal, permitindo a interação das relações humanas em todos os espaços possíveis.

Divertia-se com as confusões que eram geradas. Seu riso ecoava pelo universo. Quem estava apreensivo e nem um pouco feliz era Khronos. Ao contrário, Kairôs sentia-se cada vez melhor. Aion, por sua vez, chocou-se e emudeceu. Continuar a ler “DE FREUD A JUNG, ERA UMA VEZ DANTE ALIGHIERI – por Marilene Cahon”