Nota prévia do autor:
“Haratines” é romance em preparação, baseado em contextos e lugares reais, mas os personagens e situações são imaginados por mim. Uma exceção é o texto com sub título “235” – que aqui envio. É acontecimento verídico até nos personagens.
Ultimo trip (desta vez) a Ouidah, Uidá ou Ajudá
João Baptista saiu do hotel em Cotonou e entrou no carro com o professor Da Cruz novamente a caminho de Uidá, às vezes distraído ou traído pelo sub-consciente dizia Ajudá e o professor sempre dizia pensativo “quem sabe não seria preferível a cidade ter dois nomes, como acontece com Anvers-Antwerpen na Bélgica” e lá foram apenas para uma conversa relax com a diretora do museu no velho forte português que Salazar mandou incendiar em 1961 e cujo nome, agora ele sabe, passou para ele próprio João Baptista. Sem nenhuma razão a cabeça de João Baptista enquanto ganhava paz na paisagem litoral beninense lembrou-se da reportagem no “Libération” sobre Henri Lopes intitulada “SIF (sem Identidade Fixa)” à mistura com passagens do livro de Dan Franck “Paris ocupada”. Passagens mais ou menos assim: “Roman Kacew, nascido em Vilnus [Estónia] trocou a França pela Argélia em junho de 1940. Continuar a ler “HARATINES EP7 – Jonuel Gonçalves”
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