Nossa memória sempre foi a memória dos monstros nosso enigmático testamento Casimiro de Brito
I
O poema nunca estará morto,
não é sequer poema,
a ilícita quimera desejada, o ouro
imperceptível e consumado,
“o problema não é meter o mundo
no poema”; vislumbrá-lo inteiro,
desinquieto em auroras claras,
em giestas de espera, e só assim
na breve treva a veracidade
que emana do canto dos pássaros
em disperso azul, em alforria,
lhe permitirá agarrar o seu trémulo
verso, a singular oblação da rosa. Continuar a ler “O POEMA E O POETA – por João Rasteiro”
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