O PERISCÓPIO – por Marília Miranda Lopes

Quem tem olhos para ver pode convencer-se de que nenhum mortal consegue guardar um segredo. Sigmund Freud Quando a memória o obrigava, debruçava-se no próprio colo, entre os mistérios estomacais. Punha-se a cismar, na postura de ampulheta imóvel. Por dentro, bulia, como areia a cair por estreito trajecto. Talvez sentisse uma ligeira febre, um aquecimento …

TRÊS POEMAS DE Marília Miranda Lopes

Terça-feira: Mercúrio Este tempo invernoso omite claridades nos teus olhos vivos: palavras que rebentam nas bolhas que raiam dos anéis das íris. Não precisas, pois, de suster a respiração nesse augúrio: a mensagem vem de Mercúrio, segue já na corrente, a ver as margens e o mar ao longe: aguarelas ternas que flambam o verbo …

VITREA CASA – por Marília Miranda Lopes

                       Imagem @ José Boldt Servia para dormir, para comer, para conviver, para amar, para sonhar, mas havia nela um monstro que tinha um olho esquisito no meio da testa. Este ser sobrenatural estava destinado a habitar a casa, à qual se apoderara por configuração de terrenos.

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