Nunca pensei escrever um texto como este, contudo, a vida é repleta de surpresas e imprevisibilidades. Acedi ao convite da vida e aqui estou eu, a partilhar, de forma combinada, duas das minhas paixões: nutrição e astrologia.
O meu percurso na astrologia e na nutrição começaram há muitos anos atrás. Desde cedo, apaixonei-me pela astrologia, comecei por uma breve introdução à astrologia védica, quando aprendi a técnica de meditação transcendental, a qual pratico, diariamente, duas vezes por dia, desde 1991. Aprendi a meditação transcendental com o meu professor, Jorge Angelino, que é astrólogo védico.
Tenho a formação de técnico agrícola, profissão que nunca exerci, no entanto, sempre gostei de fazer a minha horta.
Em Dezembro de 1991, entrei na área da nutrição/alimentação celular, como cliente. Foi uma experiência com excelentes resultados, pelo que, decidi fazer parte dessa comunidade e fazer carreira nesta área.
Na altura, tinha eu 27 anos e não obstante ser algo estranho, para os parâmetros daquela época, conseguia visualizar uma tendência crescente nesta área da alimentação. Assim, iniciei um novo ciclo de vida, aquando do meu retorno de Saturno, o qual se encontra na casa 6, no signo de aquário, do meu mapa natal.
Esta carreira apaixonante passou por várias fases. No inicio, tive que lidar com o descrédito e a desconfiança, inerentes a um processo pioneiro de inovação, esta era uma nova e diferente forma de alimentação.
Para mim, o tempo é o melhor mestre e o planeta Saturno, regente do tempo e da estrutura, está muito presente no meu mapa natal.
Hoje, no momento em que escrevo, já decorreram 28 anos desta aventura pelo mundo da nutrição e o saldo é muito positivo, pois as críticas transformaram-se em créditos e a desconfiança em confiança. Sinto-me muito satisfeito e entusiasmado por ter confiado e apostado na minha intuição e visão do futurista.
A astrologia tem estado na minha vida, de uma forma orgânica, crescente e apaixonante. Foi um processo muito forte, de tomada de consciência, de autoconhecimento e compreensão de mim mesmo e do outro. Reconheci e integrei a minha identidade e desde esse momento, comecei a relacionar a minha identidade com o meu propósito de vida, a minha missão, o meu trabalho e a minha carreira, de acordo com meu mapa natal.
Este caminho de análise pessoal foi-se transformando orgânica e gradualmente em investigação.
Estou muito contente e entusiasmado por fazer este projecto de estudo sobre nutrição e astrologia, duas áreas que me fascinam e trazem muito valor ao meu ser e à minha vida.
Há 2 anos, conheci a “ASPAS – Associação Portuguesa de Astrologia”, onde me inscrevi como membro e em seguida, comecei a fazer o curso de astrologia na escola “FACES”, ministrado por Isabel Guimarães, o que me permitiu integrar uma estrutura séria de aprendizagem profissional, nesta área.
Sinto uma profunda gratidão por ter conhecido a minha professora de astrologia, Isabel Guimarães, que se tem dedicado de corpo e alma à credibilização da astrologia, quer a nível local, quer a nível nacional e internacional. Expresso, aqui, a minha gratidão e admiração e qualifico-a, de coração, por todo o seu trabalho desenvolvido, doação, entrega e dedicação à causa da astrologia.
Agradeço-lhe por todo o conhecimento que tem partilhado com os seus alunos e colegas astrólogos. Agradeço também à minha turma de estudos, pelos momentos fantásticos que partilhamos e vivenciamos, nas aulas, ao longo de 2 anos. Muito obrigad.
No fim do terceiro ano da formação profissional de astrologia, todos são convidados a fazer um trabalho de investigação, para apresentar no final de curso. Aceitei o desafio e aqui estou eu, a partilhar a minha experiência e conhecimento, na área da nutrição e astrologia.
Este trabalho serve para me expressar, de acordo com a minha essência, transmitindo o meu sentir, pensar e experiências vivenciadas, nesta viagem cósmica, chamada vida.
Confesso que, não foi nem é uma tarefa fácil, pois obriga-me a sair da minha zona de conforto, a estudar, pesquisar, investigar, aprofundar e reflectir sobre o que leio, escuto, sinto, penso e intuo. O resultado é sempre um crescimento e valorização pessoais que tanto aprecio, por isso, muito obrigada, pelo convite.
2- Introdução astrológica sobre mim, o meu propósito e missão de vida:
Pertenço ao signo de Balança. O meu signo lunar é em balança. Nasci numa lua nova. O Sol e a lua encontram-se na casa 2, que abre com o signo de Balança, sendo que o regente da casa 2 e de balança é Vénus. No meu mapa natal, a Vénus encontra-se na casa 12.
Sou ascendente Virgem e o seu regente: Mercúrio está na casa 2, no signo de balança. Tenho Plutão e Urano, na casa 1, no signo de Virgem.
Sinto que, o planeta Urano na casa 1, traz-me a tecnologia, a inovação, a tendência de fazer as coisas, de forma diferente, a visão do futuro, a quebra de padrões e tradições. Já o planeta Plutão, traz-me a transformação e a metamorfose profunda com renascimentos incríveis. Com este planeta, fui-me tornando, ao longo da vida, num agente de transformação ou catalisador de transformação.
Ao longo do estudo e experiência com a astrologia, fui sentindo que, tanto Plutão como Urano, no signo de Virgem, me impelem para a transformação e inovação visionárias, na área alimentar e da saúde.
Na casa 2 do meu mapa natal – casa dos recursos económicos e da auto-valorização – tenho 3 planetas: lua, sol e mercúrio, o que significa que, os meus recursos económicos estão ligados à comunicação e nutrição e o brilho do meu ser está nesta área de recursos financeiros. Talvez por isso, gosto tanto de ganhar dinheiro.
A minha casa 10 abre no signo de gémeos, cujo regente: Mercúrio, se encontra na casa 2, no signo de balança, o que me confere um certo à vontade em comunicar e transmitir conhecimento à sociedade, quer seja através de e-mail, cartas, palestras, quer seja através de formação.
A minha casa 6 abre com o signo de aquário, na qual tenho o planeta Saturno. Aqui, sinto que, o signo de Aquário na casa 6 (casa associada ao signo de Virgem) representa a inovação e visão futurista, através do uso de tecnologia avançada, nas áreas da saúde e alimentação.
Saturno representa a responsabilidade, a mestria, advinda com o decurso do tempo. Se formos persistentes, nos dedicarmos e fizermos aquilo que tem de ser feito, as dificuldades sentidas ao longo do processo tornam-se nos frutos e prémios com que a vida nos presenteia, no final.
Na minha casa 4, que abre no signo de sagitário, tenho os seguintes asteróides:
– Juno (asteróide responsável pelo amor e relacionamentos) aporta-me características venusianas, o que me facilita o contacto, os relacionamentos, a nível mundial, viagens de aprendizagem e partilha de informação, através da formação;
– Palas/Atenas (este asteróide tem vários significados na astrologia e na mitologia grega: está associado principalmente à indústria, a agricultura e é considerada uma deusa guerreira – ligada a gerra de Tróia), se eu tenho uma guerra na vida é precisamente a quebra de padrão, na indústria e comportamento alimentares;
– Nodo Sul (mostra a qualidade de vida que trago do passado); Este posicionamento, através da experiência de vidas anteriores, dá-me a facilidade, o conhecimento e a ligação para cuidar, nutrir e proteger a minha casa, que é o meu corpo, a família e a pátria. A partilha com o todo é um dos meus valores de vida, pois acredito que, triliões de células bem nutridas funcionam melhor e melhoram o mundo.
– Cerês, no signo de Capricórnio (a deusa romana da agricultura, dos cereais, que foi introduzida em Roma, com o intuito de pôr termo a um período de fome) é a área da vida onde ofereço apoio e tomo “conta” da Família Universal. Esta posição tem grande relevância no ensino e aprendizagem, o que é bem representativo da minha carreira, na área da nutrição;
Com este mapa natal e com a minha carreira na área da nutrição, sinto que estou a fazer o meu caminho e a cumprir a minha missão de vida.
Acredito que, todos temos uma mensagem para partilhar com o mundo. A minha é mostrar que, todos podem ter um estilo de vida mais saudável e ganhar dinheiro dessa forma. Com as características que tenho, sei que não sou pessoa de fazer grandes obras, mas sou grande no detalhe.
Impulsionado por Plutão na casa 1 do meu mapa natal, tenho um interesse profundo, na minha transformação pessoal e dos outros, em conhecer o comportamento da psique humana, o que me levou a investigar profundamente a caminhada da humanidade, no que respeita à sua alimentação/nutrição, desde que o ser humano surgiu no planeta Terra.
3 – A dieta/alimentação/nutrição, de acordo com as eras astrológicas:
Na astronomia, existem três tipos de movimentos planetários importantes:
-
- rotação – os planetas podem girar em torno do seu próprio eixo, no movimento a que chamamos de rotação. A cada rotação completa temos um dia completo. Na Terra, esse dia tem aproximadamente 24 horas (mais precisamente: 23 horas, 56 minutos e 4 segundos).
- translação – é o nome dado ao movimento que a Terra e os outros planetas fazem ao redor do Sol ou ao redor do centro do sistema em que estão inseridos. O movimento de translação da Terra dura cerca de 365 dias;
- precessão dos equinócios – é um movimento tão lento que nós não notamos, que pode ser comparado ao bamboleio de um pião, cujo eixo pende ora para um lado, ora para outro e por isso a terra é ligeiramente inclinada e achatada nos pólos.
Para além dos movimentos planetários, é relevante falar das eras astrológicas. Na astrologia, uma era tem cerca de 2.156 anos e move-se 1 grau a cada 72 anos, completando aproximadamente, ao fim de 26.000 anos, o movimento completo. Cada era não acontece num momento preciso e exacto, mas sim num período de cerca de 600 anos antes e depois, onde as tendências e energias de cada uma se misturam e se vive uma fase de transição. Este processo de transformações é lento e só nos apercebemos dele, fazendo uma viagem de retrospectiva no tempo.
É o que me proponho fazer, em relação à alimentação da Humanidade, ao longo dos últimos 13.500 anos, época em que o signo virgem começa a exercer a sua influência na Humanidade.
Cada era é constelada por uma série de símbolos, que vivem no nosso inconsciente colectivo.
Assim, é possível compreendermos que, a alimentação está em contínua transformação, desde sempre e este processo de mudança é constante e infinito, pelo que, o que se come hoje é diferente do que se comia há 5.000 anos e do que se irá comer daqui a 500 anos.
Este é um tema controverso, pois falamos da evolução da consciência como uma Unidade Colectiva e das suas diferentes forma de expressão.
Por dieta entende-se o conjunto de hábitos alimentares individuais. Cada pessoa tem uma dieta específica. Cada cultura caracteriza-se por dietas próprias. Porém, popular e genericamente, o emprego da palavra “dieta” está associado a uma forma de controlar o peso e/ou manter a saúde física em boas condições.
Todo o ser vivo necessita de dieta/alimentação/nutrição, a qual é uma necessidade básica comum a todos os seres vivos. A forma como essa necessidade básica é satisfeita depende do lugar, do tempo em que cada ser vive e da sua capacidade de adaptação ao ambiente em que se encontra inserido.
A dieta/alimentação/nutrição teve um papel fundamental na evolução do ser humano e da humanidade, quer duma perspectiva cronológica quer astrológica.
Vou fazer uma resenha histórica, combinando as eras siderais, os signos e os períodos e acontecimentos que marcaram a evolução da alimentação da Humanidade.
3.1 – A origem
O inicio do ser humano no planeta Terra ainda se encontra muito difuso e pouco concreto. Existem muitas teorias a esse propósito e as novas descobertas vão transformando constantemente essas teorias. As várias técnicas modernas ligadas à tecnologia de Aquário permitem analisar e ir montando o puzzle da evolução do ser humano.
Há quem coloque o inicio do surgimento do Homem na Terra há cerca de 30/40 milhões de anos – altura em que apareceram os primeiros hominídeos, muito próximos da linhagem do ser humano, como o conhecemos hoje em dia.
Outros destacam o período do Paleolítico como o período de origem. O Paleolítico é também denominado Idade da Pedra Lascada, é o período mais extenso e data de 2,5 milhões de anos A.C. até 10 mil anos A.C. A fase do paleolítico divide-se em 3 fases:
Paleolítico Inferior: nómadas caçadores/pescadores e recolectores
Neste período, os hominídeos são os australopitecos, os homo habilis e o homo eretcus. Eram nómadas, ou seja, deslocavam-se em grupo, de um lugar para outro, em busca de alimentos e protecção. Viviam da colecta de frutos e da caça, alimentavam-se basicamente de frutos, raízes, peixes e pequenos animais. Estavam no processo de descoberta do domínio de ferramentas e do fogo. Ocupavam apenas a região africana.
Paleolítico Médio
O paleolítico médio é o período de maior transição que conhecemos, mudanças muito significativas ocorreram com o domínio do fogo. O homem Neandertal (hominídeo que se desenvolveu nesta fase) domina completamente o fogo. O domínio do fogo foi essencial para que os hominídeos pudessem habitar outros lugares. Os hominídeos começaram a habitar a Europa e assim se cria o sentido de comunidade, estar à volta do fogo e viver no interior das cavernas, como forma de sobrevivência.
Paleolítico Superior
Neste período, desenvolve-se o homem “Cro-Magnon”, que pode ser entendido como o mais próximo do homem moderno. A sua forma física é a nossa e as suas habilidades já estão muito desenvolvidas, possibilitando a caça de animais de grande porte, como mamutes, através de armadilhas. Esta foi a fase da quarta glaciação da Terra e os hominídeos desenvolveram-se praticamente, nas suas cavernas, por conta do clima extremo. O corpo começa a sofrer mudanças, o que aconteceu com o homo neanderthalensis ou homem neandertal, como é mais conhecido, que passou a habitar a Europa e a Ásia.
Após o paleolítico surge o Neolítico, o qual é também denominado “Idade da Pedra Polida” e abrange um período que vai de 10 mil a 5 mil anos A.C, aproximadamente. Neste período, a relação com o meio ambiente mudou, os colectores começaram a observar que as sementes caíam na terra e germinavam. O Homem já não vivia só da caça, pesca e colecta. Passou a semear as terras férteis e a aguardar a época das colheitas. Surgiu, portanto, a agricultura e a criação de animais. Os seres humanos passaram a morar permanentemente num só lugar, tornando-se sedentários.
Na minha perspectiva, a evolução humana acontece, através da adaptação do corpo às necessidades humanas e condições de vida do tempo e lugar onde os seres se encontram. O ser humano foi mudando, de acordo com o tipo de comida disponível num dado tempo e lugar. Isto é claro, ao analisarmos a transformação do hominídeo, durante as subdivisões do Paleolítico, o que me leva a concluir que, existem um conjunto de factores que influenciam o ser Humano, na sua evolução e um deles é a dieta/alimentação/nutrição, a qual é estruturante desta evolução.
3.2 – As Eras astrológicas:
3.2.1 – Era de Virgem
Começo no signo de virgem, associado ao elemento terra, dado que, estamos na era de peixes, o qual forma o eixo com o signo de virgem, fazendo assim, um ciclo completo. Na astrologia, existem os eixos, que representam o signo oposto complementar, o que precisa de ser integrado, a sombra.
A era de virgem começa no Ano 12936 A.C. Em 12500 A.C, inicia-se uma das maiores revoluções da Humanidade, a revolução agrícola, no período neolítico.
No meu entendimento, esta era teve um impacto enorme na história da humanidade e é bem especial. Vejo-a como um marco, sendo que, ainda hoje, lidamos com os resultados e consequências desta revolução agrícola na saúde do planeta. A agricultura intensiva deu origem a solos pobres, em termos de nutrientes, aumentou o aquecimento global e empobreceu os recursos hídricos, pela produção animal excessiva e contribuiu para as doenças nos seres humanos, por excesso de recursos e alimentação.
3.2.2 – Era de Leão
A era de leão inicia-se no ano 10780 A.C. O signo de leão está relacionado com o elemento fogo, a criatividade da vida, o nascimento e vitalidade do planeta Terra. O signo oposto complementar de leão é aquário, os quais constituem o eixo: leão/aquário.
Esta era surge no fim da era glaciar, uma vez que o fogo derrete o gelo. O aquecimento do planeta gera uma maior disponibilidade de terra, o que permite cultivar plantas, vegetais e criar animais e assim, se desenvolve uma nova forma de estar e viver, de acordo com o clima.
Aqui, o Homem começa a ter novas e maiores possibilidades de ser criativo, visto que o ambiente que o rodeia se transformou. Chegámos à fase em que o ser humano começa a ver-se com outros olhos, buscando a sua identidade, o seu self e realiza trabalhos em grupo (energia associada ao signo de aquário).
3.2.3 – Era de Caranguejo
A era de caranguejo tem início no Ano 8624 A.C. O signo oposto complementar de caranguejo é Capricórnio.
Neste período, há maior disponibilidade de terra e o ser humano começa a fixar-se nas planícies e florestas, onde tem acesso a madeira e pode criar as suas hortas, para auto-consumo e sustento da sua família, criando assim os primeiros núcleos populacionais e o conceito de agregado familiar. Surge o sentido de família e pátria e as primeiras estruturas e regras para viverem em comunidade (energia relacionada com o signo de capricórnio).
3.2.4 – Era de Gémeos
A era de gémeos tem início no Ano 6468 A.C. O signo oposto complementar de gémeos é sagitário.
O signo de gémeos é um portal do conhecimento, de comunicação e aprendizagem. O ser humano utilizou as mãos (órgão regido pelo signo de gémeos), para lavrar a terra, semear e colher as plantas, produzindo o seu próprio alimento. Neste período, a informação acerca da agricultura e pecuária propaga-se, chegando aos continentes asiático e sul-americano, onde são cultivados o arroz, os cereais e a cerveja.
Nesta fase, desenvolve-se a roda, a qual surge na Mesopotâmia e na Índia. Na Colômbia, cultiva-se a mandioca.
Inúmeros estudos defendem que, a propagação da agricultura por todo o mundo provocou a redução da variedade na dieta humana. Esta mudança envolveu muito mais do que a adopção de técnicas de produção de alimentos. Nos milénios seguintes, os grupos nómadas deram lugar a sociedades sedentárias, nascendo as primeiras vilas, as quais modificaram o seu meio ambiente, através de culturas especializadas, com irrigação e o desbravar das matas.
Assim, começa-se a produzir excesso de alimentos, o que gera uma densidade populacional maior e a sua concentração nas vilas, o que leva à criação das cidades, à especialização e divisão do trabalho.
A transição da era de caranguejo para a era de gémeos exigiu ao ser humano uma grande necessidade de adaptação, o qual começa a observar a natureza, de forma mais objectiva. Formam-se as primeiras grandes cidades, como é o caso de Tróia e Atenas – locais de grande intercâmbio cultural, através dos quais o conhecimento se expande, com as primeiras viagens organizadas de barco, para terras mais longínquas (energia de expansão e viagens associada ao signo de sagitário).
3.2.5 – Era de Touro
A era de touro tem início no Ano 4312 A.C. O signo oposto complementar de touro é escorpião. Nesta fase, inicia-se também a “Idade do Bronze”, a qual se consolida na era de carneiro.
O signo de touro simboliza as necessidades básicas do ser humano, os sentidos, tudo o que é real e palpável. A preocupação principal é suprir as necessidades básicas para sobreviver, é a perseguição implacável pela segurança e estabilidade.
Na era do signo de touro, a fixação à terra, as posses e a satisfação das necessidades básicas são a imagem de marca deste período. Durante esta época, muitas civilizações foram impulsionadas para o plantio, cultivando terras, para sobreviverem das suas colheitas. Isso tornou possível a fixação de povos em determinadas áreas, como se criassem raízes tal como o seu plantio. Um dos legados desta junção complementar entre touro e escorpião, foi a gestão eficaz das terras e dos seus recursos hídricos, possibilitando o florescer de civilizações, baseadas numa produção agropecuária altamente eficiente e consolidando-se a sociedade civil.
Acredito que, com o Sedentarismo veio a necessidade/desejo (signo de escorpião) de ter mais terras, para além do que era necessário e assim, começam as guerras, lutas e conquistas pelo território (signo de escorpião), para aumentar a produção agrícola e animal e aumentar o sustento e crescimento das famílias e aldeias.
3.2.6 – Era de Carneiro
No Ano 2156 A.C inicia-se a era de carneiro. O signo oposto complementar de carneiro é balança.
A chamada “Idade do Bronze” consolida-se durante esta era de carneiro.
A era de carneiro representa um novo início, o nascimento de uma nova realidade. É a era das guerras e conquistas. A impulsividade e arrogância inerentes à energia do signo de carneiro intensificam um sentido de independência. Enquanto a era de touro trouxe prosperidade para vários impérios, com a economia baseada na agropecuária, a era de carneiro trouxe o domínio do metal e grandes máquinas de guerra, o que gerou o caos e a instabilidade.
As terras férteis do Oriente Médio, Mediterrâneo, China, Índia foram invadidas por povos bárbaros do norte, que subjugaram grandes impérios como o egípcio, através da superioridade militar. Em consequência, muitos povos e culturas, como os persas, gregos e latinos começam a fundir-se, o que dá origem à base étnica que constituiria mais tarde os estados europeus. Toda essa fusão é fruto da interacção com o eixo carneiro/balança.
3.2.7 – Era de Peixes
No Ano 0 inicia-se a era de peixe. O signo oposto complementar de peixe é virgem.
Numa época em que a fome era comum e as hierarquias sociais eram, muitas vezes, brutalmente forçadas, o alimento era um importante indicador do estatuto social do indivíduo. Existiam decretos que declaravam ilegal o consumo de certos alimentos por determinadas classes sociais. Normas sociais também impunham que o alimento da plebe fosse menos refinado, já que se acreditava que havia uma semelhança divina ou natural entre o trabalho e os alimentos das pessoas. Assim, o trabalho manual requeria alimentos mais vulgares e mais baratos. O pão era o alimento básico, seguido por outros alimentos fabricados a partir de cereais (eixo complementar virgem) como as massas. A carne era mais prestigiada e mais cara que os grãos e os vegetais.
As especiarias oriundas do Oriente, utilizadas na culinária, com fins de tempero e de conservação de alimentos, estavam destinadas somente aos ricos.
Imperava o feudalismo, a plebe, as classes trabalhadoras sacrificavam-se em prol de um pequeno grupo de pessoas que detinham o poder, onde os impostos exorbitantes eram pagos, através de produtos agrícolas e animais, o que dissipava a maioria do sustento daquelas classes trabalhadoras. Esta fase durou alguns séculos até a energia do signo de aquário começar a influenciar a história mais recente, desde logo com a Independência dos EUA, em 1620, a Revolução Industrial e Científica e surgimento do Iluminismo, a partir de 1715, a Revolução Francesa, em 1786 e a abolição da escravatura, a partir do século XIX.
3.2.8 – Era de Aquário
No Ano 2156 D.C. inicia-se a era de aquário. O signo oposto complementar de aquário é leão.
Todavia, a energia do signo de aquário já começou a influenciar o movimento da humanidade, enquanto espécie, desde o século XVII e XVIII, com o movimento Iluminista, a descoberta do planeta Urano (regente do signo de aquário), em 1700 e as várias revoluções que ocorreram por todo mundo, nos séculos XVII, XVIII e XIX, em que a liberdade, a igualdade e a fraternidade eram os valores defendidos.
A electricidade, a televisão e a Internet transformaram a vida do ser humano e a sua forma de se relacionar entre si, com a natureza e os animais.
A inovação tecnológica teve um grande impacto na alimentação e na forma de preparar, cozinhar e conservar os alimentos, tal como o fogão e forno eléctricos, o microondas e os frigoríficos.
A tecnologia também trouxe o outro lado da moeda: as enfermidades. A esperança média de vida do ser humano aumentou consideravelmente, a partir de meados do século XX, porém, perdeu-se qualidade de vida. Surgiram doenças que não existiam há 50 anos atrás, sendo que, hoje, as doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte, a segunda, o cancro e diabetes, as quais são maioritariamente provocadas pelo tipo de alimentação/dieta.
Actualmente, desde muito cedo, o ser humano começa a alimentar-se de comida processada, de fast-food, a qual se encontra carregada de sal, açúcar e gorduras prejudiciais à saúde do ser humano e a partir dos 40/50 anos de idade, o ser humano começa a ingerir medicamentos para colmatar as deficiências e excessos de alimentação.
Com o avanço na ciência e da consciência humana, aparecem também os suplementos/complementos alimentares, os quais fazem parte cada vez mais, da alimentação do ser humano, uma vez que as pessoas estão mais conscientes de que somos o que comemos e que a nossa dieta, pela forma como os alimentos são produzidos, transportados, conservados não contêm os nutrientes que os triliões de células do nosso corpo realmente necessitam.
Agora, as estufas e culturas hidropónicas (agricultura sem necessidade de terra, apenas de água e nutrientes) fazem parte da produção agrícola intensiva, que está em constante transformação. A agricultura no espaço sideral é algo experimental, neste momento, mas será uma realidade num futuro bem próximo.
A partir da década de 1960, assuntos como vida extraterrestre, engenharia genética, cibernética, inteligência artificial, entre outros, bem próprios da energia futurista de aquário, começaram a ganhar maior destaque na sociedade.
Por outro lado, o aquecimento global (relacionado com o signo leão), as variações climatéricas, em determinadas regiões do planeta, as guerras de cariz político e religioso, a seca e a fome, a par da inexistência de uma agricultura sustentável, estão a provocar a deslocação de milhares de pessoas em grupos (que deixam uma parte da sua cultura/identidade (signo de leão), para outras regiões e países, em busca de melhores condições de vida (energia que faz parte do signo de peixes – sacrifício dos grupos minoritários em prol colectivo).
Uma crescente preocupação com o meio ambiente também começou a tomar forma, nos últimos 20/30 anos, graças à visão progressista e reformadora, típica do signo de aquário. Aquário está sempre a olhar para frente, impulsionando o ser humano, rumo ao progresso e à inovação. Ele busca a liberdade, tanto pessoal quanto do mundo como um todo, e isso será ainda mais evidente através da conquista do espaço. O mundo quântico e sub-atómico será completamente desvendado e utilizado, abrindo o caminho para uma era de abundância.
Conclusão
A época actual é de transição da era de Peixes para a era de Aquário. No ano 2156, entramos “oficialmente” sob a regência do signo de Aquário e em 2756, a energia de aquário marcará uma nova fase da caminhada da Humanidade, no planeta Terra.
No último século, a energia dos signos de aquário e de peixe encontram-se mescladas e uma grande transformação está a ocorrer na alimentação, onde se vive uma ilusão de abundância (energia associada ao signo de peixes), com o surgimento de inúmeros restaurantes e ao nível social, actualmente, a alimentação tem um impacto profundo, sendo um elo de ligação e conexão entre as pessoas. O papel aglutinador da alimentação está presente quer a nível profissional, comercial, relacional e familiar, desde logo, por muitos negócios, reuniões profissionais, familiares, encontros românticos e de amigos e celebrações de momentos especiais na vida das pessoas ocorrerem nos restaurantes e à volta da alimentação.
A agricultura, a dieta e a alimentação sofreram grandes transformações, ao longo dos milénios e contribuíram fortemente para o processo de mudanças, que ocorreram durante a evolução humana. As novas dietas tiveram um impacto tremendo no organismo, nomeadamente a expansão do cérebro e a habilidade para o fabrico de ferramentas.
É por meio do alimento que o ser humano retira os nutrientes para o sustento do seu organismo e da sua combinação depende um corpo saudável ou doente. O ser humano começou a alimentar-se de frutos e raízes, após observar o comportamento de outros animais. Com a evolução da espécie, passou a ingerir carne crua e moluscos, até que aprendeu a assar e cozinhar os alimentos, com o domínio do fogo. Descobriu outros alimentos e formas de consumi-los. Passou a seleccionar, modificar e evoluiu tanto que, hoje, já utiliza o alimento como potente colaborador no tratamento de doenças e como principal responsável pela saúde e qualidade de vida.
Em contrapartida, o aumento no número de alimentos industrializados associados à vida moderna, falta de tempo e stress do dia-a-dia, favoreceu alterações no padrão alimentar que nem sempre correspondem ao ideal. É cada vez maior o número de indivíduos acima do peso e/ou com problemas de saúde relacionados com uma alimentação desequilibrada, por inadequada ingestão de nutrientes necessários à qualidade de vida e saúde.
O planeta Terra está em desequilíbrio, na área alimentar, ecológica, humana e urge implementar as reformas adequadas, para que, as disparidades terminem: uma parte da população sofre com os excessos e outra parte, passa fome e sede, morrendo por carência de alimentação e nutrição.
Há uma nova consciência a emergir no planeta Terra, quer em termos alimentares quer em termos de relação do ser humano com outros ser vivos e a natureza.
Hoje em dia, existem inúmeras filosofias acerca alimentação, desde a dieta vegetariana, vegana, macrobiótica, paleolítica, ayurvedica, crudívora e muitas outras.
Há muito tempo que se fala num novo tipo de alimentação: tomar uma pastilha que contém todos os nutrientes que necessitamos ou através do poder da mente e da energia do sol, nutrimos os triliões de células do nosso organismo.
Os avanços tecnológicos actuais permitem criar proteína animal em laboratório, sem necessidade de matar os animais, para alimentar o ser humano.
Somos células dum corpo maior, uma unidade sistémica e com a energia de aquário, temos a oportunidade de evoluir como espécie, para níveis de maior harmonia, consciência, integração, fraternidade, igualdade e liberdade.
Ao fazer a minha parte neste processo de tomada e expansão de consciência, estou a contribuir para a evolução revolucionária do Todo.
O Meu nome é Alexandre. Hoje estou “vivo” e “penso que sou livre”, o amanhã ainda permanece um mistério.
Bibliografia:
– GOSDEN, Chris. Pré-história: 1057 São Paulo: L&PM Edição: Edição de bolso, 2012;
– PROUS, André, PIMENTEL, Lucia Gouvêa. Artes pré-históricas do Brasil, São Paulo: C/Arte, 2007;
– LEROI-GOURHAN, André. As religiões da pré-história, São Paulo: Edições 70, 2017.Wikipedia.
♦♦♦
Alexandre Sancho Saraiva. Afirmou pela primeira vez a sua autodeterminação quando ainda não tinha completado 3 anos de idade, escapando de casa dos pais. Repetiu a proeza aos 9 anos, evadindo-se do seminário onde o internaram. Por via das dúvidas, aos 15 anos assegurou a sua liberdade ao consolidar a sua independência económica. Passou por 2 casamentos e dois divórcios, sem descendência. Aos 50 anos substituiu o sedentarismo por uma vida super activa. Pratica meditação há 33 anos de forma regular e é apaixonado por Astrologia. Intenso e visionário, vive a vida em toda a sua plenitude.
You must be logged in to post a comment.