Pegarei emprestadas as forças contigo até conseguir reencontra-las em mim.
Enquanto isso a transição da terra faz a travessia em águas profundas da universalidade, imersa pela “natureza” e pela natureza humana… na terceira margem introspectivo, extraída no processo civilizatório invencionático, tangencial aos sentidos sistémicos “naturais”, mergulho.
Ao abrirem novas fronteiras sobre falhas, bases, sobrevivência, emoções, vida… e forças que carregas o humano no amalgamar do mar. No subliminar diálogo entre utopia e distopia. No tear do artesão que segura nas mãos o sabor simples e natural, do perfume de fragrâncias multiculturais, traços únicos, sons milenares e duma força sem igual a brotar entre os dedos ao palpar o real sentido da vida humana. Na capacidade de adaptação e reinvenção do próprio tempo e espaço. Na significação dos símbolos, contam assim as pessoas histórias.
Algo interno que o espírito entre raízes e asas abraça, no dimensional ar a encher os corpos de movimento, navega nos mares da pluralidade cultural e cívica a roda poética multisensorial do humano sentido e refúgio da consciência.
E a cada novo desafio longos diálogos surgem. De repente, penso em desistir da vida. E como tudo é luta. A ausência da batalha também é uma escolha. Mas tem gente que não foi feita para ficar ausente… senti e sangra um doer latente. Cá dentro num museu de cicatrizes Sophia também é lembrada em escala anti-intelectualista na ignorância artificial híbrida do homem médio por tantos hoje em dia falada.
No invólucro da curiosidade, nos sonhos, no telescópio da janela a ver a Lua, vira borboleta, bate as asas – que para não se asfixiar na liquidez amniótica – voa… Já longe se vê num analfabetismo pelo limite do idioma primeiro na enxurrada de “culturismo”, plataformas e aplicativos. Com limite baixo de espaço para entrar na brincadeira não sabia ser impossível o inquietante desconhecido. Sem base educacional instrutiva adequada, a lidar com situações sobre as quais era ignorante, num corpo pequeno e fetal com borboletas no estômago degusta suave a esperança que de princípio torna viagem… na regra de viver por mais um instante entre as pétalas da flor do campo, pois, somos o inteiro das nossas partes.
Então, salta no ar e vai se indo para o alto, para fora, para heteroxia, para as asas da poesia na mão que segura a pena a redigir o tratado. Sobre a inteligente liberdade dos sentidos multisensoriais das palavras que vão dando nome ao que antes inexistia no meio da informática e da invencionática, aonde o humano fez-se um híbrido entre está natureza humana e não humana (nem natural). Na ideia a nascer primeiro para germinar depois a semente – carregada no pequenino ser deste gigante universo literário – a despertar os sentidos da inteligência ao acordar o dourado fio do casulo do inconsciente humano.
Flor do Campo
Eterna segue atemporal
As estações e tempestades.
Colhida entre as pedras
De teu nascimento
Senti o toque das mãos
Perdida em beijos e carícias
Do corpo de mulher
Na alma de uma flor
Que insiste não morrer.
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Ana Patricia Gonzalez – Especialista em Direitos Humanos pela Universidade do Minho. Especialista em Direito Constitucional Contemporâneo pelo Instituto de Direito Constitucional e Cidadania. Bacharel em Direito pela Universidade Paulista.
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