DA CRISE DAS LIVRARIAS AO APOGEU DA LIVRALÂNDIA – EDITORIAL por Danyel Guerra

James Joyce? É um escritor novo? Aposto que um tremor de terra, de média intensidade, não me teria abalado tanto, como esta, na aparente, inocente e ingênua indagação. Caprichando numa amena ironia, ripostei. Joyce nasceu em 1882. É novo sim, se comparado com um Homero, um Ovídeo, um Petrarca, um Bocage.

Apercebendo-se do deslize, atarantada, a atendente desviou o olhar e fixou-o no ecrã do computador, alheando-se do bulício da loja, onde pipocavam os mais recentes produtos da indústria “cultural”.  O livro chama-se ‘Gente de Dublin’ (‘Dublinenses’), não é? Lamento, mas não consta da nossa base de dados, comunicou, articulando uma voz formal e protocolar. Continuar a ler “DA CRISE DAS LIVRARIAS AO APOGEU DA LIVRALÂNDIA – EDITORIAL por Danyel Guerra”