Waldemar Bastos – guitarra, voz, canção! – por Hilton Fortuna Daniel

Não me lembrando exactamente do dia – mas do facto – podendo ter sido numa terça, quarta, sexta-feira – talvez num sábado – à hora do almoço, estava eu a trabalhar. Cerca de uma vintena de restaurantes dos dois lados da mítica Rua Augusta adornavam o percurso dos turistas americanos, britânicos, italianos, franceses, nórdicos, belgas, japoneses, chineses e espanhóis, numa aglomeração à indiana à procura da inigualável sardinha à portuguesa e do melhor daquela culinária. Boa aura. Continuar a ler “Waldemar Bastos – guitarra, voz, canção! – por Hilton Fortuna Daniel”

EDITORIAL por Hilton Fortuna Daniel

Em 1918, terminada a I Guerra Mundial, iniciava-se a Gripe Espanhola.

Esse ciclo pandémico, tendo matado milhões de pessoas, terminava em 1920. Em cada fim de história, há sempre um início de história. Nesse ano, para a música e para a literatura, nasciam Amália Rodrigues e Clarice Lispector. A primeira solfejava poemas dentro de notas bem pautadas. A segunda, com a portentosa pena por que é hoje conhecida, empreendia A Descoberta do Mundo, título de uma das suas obras-primas. Continuar a ler “EDITORIAL por Hilton Fortuna Daniel”

REVISITAR MACHADO, EÇA E KAFKA – Hilton Fortuna Daniel

REVISITAR OS SÉCULOS XIX E XX PELAS NARRATIVAS DE MACHADO, EÇA E KAFKA

  1. Introdução

Este estudo inscreve-se num quadro de análise teórico-pragmática, assumindo aqui uma visão de literatura comparada, a qual tem por objetivo revisitar o imaginário da criação artística ocidental dos séculos XIX/XX, compreender a sua influência, contribuição e transversalidade para aquilo que se afigura como momento de recessão a nível do poder de criação artística situada na literatura do século XXI. Com efeito, a literatura tem vindo a assumir uma amplitude e extensão que muito pouco de relevante transparecem para a realidade e utilidade humana nos dias atuais. Ou os séculos XIX e XX produziram o bastante, ou o século XXI não faz por merecer. Continuar a ler “REVISITAR MACHADO, EÇA E KAFKA – Hilton Fortuna Daniel”

QUE LIÇÕES DA LIÇÃO DE ROLAND BARTHES! – por Hilton Fortuna Daniel

Mais difícil que entender Roland Barthes é falar dele, quer dizer, falar da complexidade da sua vasta obra. Pelas suas posições filosóficas, convicções, controvérsias, complexidade textual e até contradições (pois ele próprio admitia que as tinha), Barthes é um autor com, muitas vezes, as ideias vincadas e inflexíveis. É uma tarefa que se torna cada vez mais difícil quando vamos conhecendo com maior profundidade o seu augusto repertório bibliográfico.

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