FÉ, ESPERANÇA E AMOR – OS ESSENCIAIS NA VIDA E NA MISSÃO! – por Teresa Escoval

 “A fé sobe pelas escadas que o amor construiu e olha pelas janelas que a esperança abriu”

(Charles Spurgeon)

Acredito que a fé é o essencial da espiritualidade. Também que só a conseguimos manter se a fé for sadia. O que quero dizer quando utilizo o termo “sadia”, é que é necessário termos um posicionamento claro na vida, acreditarmos profundamente que algo melhor estar por vir e manter a esperança que chega porque merecemos.

Logo, considero que a esperança é necessária no campo da afectividade. Ela permite que continuemos positivos e alimentados no “aqui e agora”, e, sobretudo, impede que as experiências momentâneas menos positivas nos tirem os valores e convicções correctas e assertivas.

A esperança é a fonte de saúde mental. Deixa o coração aberto e doce. Permite que se instale uma medida adicional de força para recuperar de qualquer tipo de perdas e adoptar uma atitude positiva perante o futuro.

Então, dá para perceber que a esperança é uma qualidade intimamente relacionada com a fé. Ter fé é saber esperar e confiar. É atravessar tribulações com um sorriso no rosto; é nunca desistir mesmo quando tudo parece impossível. A fé nos levanta quando caímos, nos empurra quando paramos, e nos eleva acima das nossas capacidades quando julgamos não conseguir mais. Permite-nos recomeçar sempre.

Também que quem caminha com fé e esperança, tem um coração alimentado por muito amor. Um amor que vem da essência da própria pessoa e que é necessário para a sociabilidade.

O amor é perseverança, paciência, confiança, tolerância e fé. O amor é o maior alento para reinventar o tempo, recriar novos dias com esperanças renovadas. Não basta reivindicar “eu mereço ser feliz”, há que merecer isso, sem egocentrismo.

É necessário aprendermos que tudo que a vida nos apresenta tem um lado positivo. Entender que todos os desafios têm o objectivo de nos fazer evoluir, retira o peso e a dificuldade.

É importante acreditarmos no nosso potencial para que vejamos com bons olhos o que se passa ao nosso redor e na nossa vida. Há possibilidades de reconstruirmos uma história diferente, se conseguirmos ter uma visão alargada e justa. Também quando há vontade própria para encetar a mudança necessária.

Efectivamente, a fé não brota do nada, é necessário também que haja implicação e vontade na mudança que se quer efectuar.

Quando se consegue alcançar a fé da alma, adquire-se um amor gigante no coração e um brilho no olhar, que transforma qualquer coisa e/ou situação, permitindo ver a possibilidade de grandes melhorias a alcançar.

Mas, é necessário manter a fé a esperança e o amor. Tratar deles como se de plantas se tratassem. É preciso regar, proteger, alimentar.

Gestos simples como o acto de abraçar, significa um encontro entre duas almas. É o momento em que os sentimentos se acentuam, o coração se acalma e o corpo encontra abrigo em outro alguém.

Tratarmos as pessoas com gentileza é emanar amor e recebê-lo de volta. Sermos cuidadosos e amáveis, permite-nos começar uma reacção com o outro de maneira mais humana e delicada.

Que tal pensarmos na forma como construímos as nossas relações?

Confesso que as que prefiro e quero na minha vida, são as construídas no amor mais puro, aquele amor real, simples e doce. Aquele sentimento que nasce da sinceridade, da proximidade, da simplicidade e reciprocidade.

Olhemos, pois, para as pessoas como gostaríamos que elas olhassem para nós. Amá-las como gostaríamos que nos amassem a nós mesmos.

A este propósito, deixo aqui um lindo poema de William Shakespeare:

“Amor quando é amor não definha
E até o final das eras há de aumentar.
Mas se o que eu digo for erro
E o meu engano for provado
Então eu nunca terei escrito
Ou nunca ninguém terá amado.”

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Teresa Escoval é Pós-Graduada em Gestão de Recursos Humanos, Licenciada em Sociologia, Bacharel em Gestão de Empresas. Desempenhou vários lugares de chefia na área Financeira e Gestão de Recursos Humanos. Desde 1994 que gere e desenvolve um negócio próprio na área do emprego,diagnóstico/desenvolvimento organizacional e formação.

Mantém colaboração regular, desde 2007, com várias revistas, onde são publicados artigos sobre diversas temáticas, que é autora.