Diria que há que ter sempre um mote presente: ser um eterno aprendiz!
Isso consegue-se com humildade, sem deixar que o orgulho se aposse de si, mantendo constantemente o poder de criar e inventar. Conseguindo tornar cada dia num mundo de oportunidades e cada momento numa nova página da sua existência.
Trata-se de gostar de assumir o risco por novas explorações, pelo desbravar de novos caminhos, sendo conhecedor dos seus limites. O que quer dizer que deve saber até onde consegue ir, sem perder a capacidade de explorar com positividade e ânimo. É perceber e entender que a sua liberdade lhe permite manter um sentido existencial, que o alimenta e orienta.
É importante manter activa a capacidade de sonhar, lembrando-se que o sonho tem de ser encarado como um projecto de vida que se quer alcançar e não como um mero desejo e/ou intenções superficiais. Desta forma, evita-se cair na rotina e na ansiedade. Os sonhos reeditam o filme do inconsciente e permitem a ampliação dos horizontes. Eles fazem renascer a motivação para recomeçar tudo de novo.
Valorizar o debate, colocar-se no papel dos que questionam, também ajuda na vontade constante de explorar a determinação e a criatividade. A inteligência promove-se pelo poder que liberta e acrescenta. A atitude passiva do «eu» arrasta a solução. Todos querem a vitória, mas a grande maioria desiste da alcançar pelo trabalho que julgam puder vir a ter. Todos querem ser felizes, mas não querem e evitam treinar as suas emoções.
O certo é que se tem de aprender a percorrer as distâncias necessárias para que se possa brilhar. Ou seja, temos de nos conhecer bem e gostar de todos os nossos Eus para nos sentirmos completos e com valor.
Importa ter consciência do quanto não sabe e respeitar a complexidade de cada mente humana, daqueles que pensam de modo diferente, sem que isso o confunda e o faça perder a sua identidade. Por isso é que assistimos a alguns jovens que envelhecem precocemente no território da emoção. A excesso de consumismo, ter tudo, da maneira que querem e na hora que querem, gera inconscientemente uma contracção da energia do prazer.
Embora a tendência humana seja diminuir a intensidade do prazer ao longo da vida, está provado que o envelhecimento da emoção não acompanha o envelhecimento das células. Logo, um jovem pode sentir-se com o corpo de uma pessoa muito mais madura e uma pessoa idosa pode sentir ter o corpo de um jovem. Ou seja, a idade biológica não acompanha a idade emocional. Assim, no primeiro caso a insatisfação é constante e tornam-se especialistas em reclamar, em serem pessoas irritadas e tensas. E no segundo caso os mais maduros vivem a vida como uma aventura, estão sempre bem-humorados e bem-dispostos. Sorriem, brincam e sonham com facilidade, apesar dos problemas e das marcas do passado.
O que tem mesmo de ser real, é que se você é um jovem, tem de conservar a juventude da sua emoção, e se você é um adulto, tem de conservar a simplicidade e a capacidade de sonhar. Se você é um idoso, nunca deixe a sua emoção ser controlada pelas suas preocupações. Acontece que há e haverá sempre questões a resolver mas a juventude da emoção tem de ser preservada.
Então, procure conhecer-se, evitando sentir-se “um forasteiro” dentro da sua própria casa e viver em solidão. Tenha coragem de admitir que é um ser humano, e como tal, imperfeito e mortal, com capacidade pela responsabilidade do que faz e pensa e comprometendo-se a ser uma pessoa melhor diariamente.
Muna-se de aptidões para conquistar o essencial, estando preparado para perder o irrelevante, reciclando, ajustando, sacrificando, contraindo, fazendo escolhas. Não há escolhas sem perdas.
Para desenvolver as áreas nobres da emoção é preciso aprender a gerir os pensamentos. É importante entendermos as causas do passado para reorganizarmos o presente, mas é igualmente importante gerirmos os pensamentos e as emoções do presente para acelerarmos o processo.
Aprenda a pôr-se no lugar do outro, tenha consciência das diferenças e perceba que estas não são divergências. Preste atenção, observe bem, esteja atento, olhe conscienciosamente, dê-se conta da realidade. Não se mostre alheio e indiferente ao destino dos seus semelhantes.
Cultive o olhar da fraternidade, para que possa brotar no seu coração a solidariedade, a justiça, a misericórdia e a compaixão.
Cury diz-nos “como Homo sapiens, usamos o pensamento para descobrir o mundo que nos cerca, mas usamo-lo pouco para conhecer o mundo que somos. Exploramos mundos distantes, mas não os nossos próprios mundos. Sábio não é aquele que nunca erra, mas o que usa os seus erros para crescer. Os poetas da vida transformam sempre os mais amargos dramas nas mais belas poesias. Treine para ser um desses poetas.”
Efectivamente a maior parte de nós sente que há sempre algo que lhe falta, é como um vazio que por mais que tente não é fácil de preencher. Todavia é fácil conseguir isso quando se entende que a harmonia está dentro de nós e que somos parte de um todo.
Torna-te consciente de que o poder para mudar a tua vida reside apenas em ti. Cria uma imagem positiva de ti. Define metas. Vê o lado positivo das coisas. Desfruta da família e dos amigos. Sê espiritual. Precisas de ter um sistema de fé para acreditar em algo. Ser que respira fundo e ponto. Os que se isolam no seu próprio mundo e não aprendem a partilhar as suas emoções e deterioram a sua auto-estima.
E, por último, uma citação de João Gabriel Batista: “O Eu altera-se, a pessoa molda-se, mas eu permaneço; porque eu não posso sair de mim. Eu sem mim não existo. Isto sou eu. E tu quem és?”
Cuida-te! Cuida-te sempre! Deixa fluir e a tua alma reproduzir-se. Vai ser feliz! E no caminho, olha-te e tem a coragem de dizer-te: Eu gosto muito de ti!
E, que encontres pelo caminho, cheiros de amor e carinho!
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Teresa Escoval é Pós-Graduada em Gestão de Recursos Humanos, Licenciada em Sociologia, Bacharel em Gestão de Empresas. Desempenhou vários lugares de chefia na área Financeira e Gestão de Recursos Humanos. Desde 1994 que gere e desenvolve um negócio próprio na área do emprego,diagnóstico/desenvolvimento organizacional e formação.
Mantém colaboração regular, desde 2007, com várias revistas, onde são publicados artigos sobre diversas temáticas, que é autora.
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