Ele falava alto, muito alto. Tão alto que sua voz batia no teto. Ricocheteava, batia e rebatia, atingia a alma, estremecia a calma. E falava errado. Menas, pobrema, enfiava o dedo no nariz, coçava suas partes íntimas em público. Era rico, abastado, estudado. Viajou o mundo todo, sempre com os agentes de viagens dos ricos e famosos. Continuar a ler “DOIS – por Paulo Weidebach”
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