Depois de dilacerados os dias de calor, voltava a chuva à vida das pessoas que aos primeiros pingos do céu resmungavam, contra as pérolas frescas que escorregaram por algumas frinchas da alma.
No Parque Nacional da Peneda-Gerês caminhava um grupo num passeio pedestre para observação da natureza ambiental, quando dentro do trilho começou o forte temporal.
O coração da floresta transformava-se num esguicho de águas esparsas e desalinhadas, sem encontrar saída ou buraco.
Com esta chuva o grupo olhava a montanha velha da serra, e as escarpas envolventes: tudo se admirava ao longo do trilho.
Se a esperança não fosse evocada nas poucas possibilidades, deste Gerês cheio de contraste, à mistura da chuva, eles acabariam todos submersos no rio. Continuar a ler “AS NÚVENS ABRIRAM OS LÁBIOS – de Maria Fraterna”