ser
pode o ser nas tradições orais ir além das estruturas
feito um pássaro cortês da diversidade,
ser um animal aqui perto do coração,
não podemos ir adiante enquanto os gigantes mamíferos
são destruídos em alto mar
como conchas pisoteadas por estátuas,
continuar a mimese é o que chamo de obsceno,
os homens predadores sorriem junto com a morte
sem vontade para o debate ecológico,
seguem a lógica de conquistar territórios, de touros de ouro
na Faria Lima sem sonhos,
à medida que ando, o urbano me fere na vesícula
que reproduz em 3d a fome sem enfeite
ontem encontrei uma garota/totem,
procurava um guia com jipe, para ir na direção das cavernas
(Poema do livro: Infernos Fluviais e por que nunca conversamos sobre Nick Cave?. Editora Clóe, 2023) Continuar a ler “TRÊS POEMAS – de Marcelo Torres”
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