PREFÁCIO PARA “GERMANA, A BEGÓNIA” – por Carlos Clara Gomes

Foto de Ivo Costa/Teatro Perro

[A estreia deste espectáculo com texto de Ricardo Fonseca Mota e encenação e representação de Gi da Conceição aconteceu algumas horas antes da vaga de incêndios que assolou o país em Outubro 2017. Em 2019 é lançado pelas Edições Esgotadas – Viseu o livro contendo o texto teatral cujo prefácio se transcreve a seguir] Continuar a ler “PREFÁCIO PARA “GERMANA, A BEGÓNIA” – por Carlos Clara Gomes”

DA DRAMATOLOGIA- PARTE I – por Castro Guedes

Comecemos por desfazer o carácter equívoco da palavra dramaturgia, usada em Portugal indistintamente entre o significado próprio (a escrita do texto teatral) e a dramatologia, expressão brasileira bem mais adequada ao estudo da lógica do texto, da análise dramatúrgica, que, muitas vezes, aparece, entre nós, como dramaturgia, à mesma. Perpendicularmente outro equívoco resulta da forma de encarar o texto teatral como literatura dramática, que, como a palavra indica, se contém como um género dentro da literatura. Coisa diferente do que é um texto para cena, a que o carácter literário se acrescenta como uma segunda qualidade, sendo a primeira a da sua funcionalidade para cena. Porque um texto para cena é, por exemplo, um texto de Shakespeare, por mais poético e literariamente valioso que seja; e é. Continuar a ler “DA DRAMATOLOGIA- PARTE I – por Castro Guedes”