EDITORIAL – “Pessoa: Singularmente plural” – por Jaime Vaz Brasil

A singular pluralidade de Fernando Pessoa passa, antes de tudo, pela gênese artística de seus heterônimos. Seja como Fernando – o próprio – , Álvaro, Alberto ou Ricardo (ou ainda Bernardo e outros menores), o genial poeta criou personagens que existiram soberanos em estilo, temática, dimensão estética e qualidade. Continuar a ler ” EDITORIAL – “Pessoa: Singularmente plural” – por Jaime Vaz Brasil”

O FINGIMENTO DE PESSOA – por João Esteves

Caricatura de F.P por J. Almada Negreiros

O fingimento de Pessoa «O poeta é um fingidor/ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente.» Com esta frase, começou a conversa de uma pessoa que deu entrada no serviço de urgência de psiquiatria. Não deu, na verdade. Mas podia bem ter dado. Acontece que essa pessoa imaginária vinha com esta frase no seu pensamento, totalmente descontextualizada, desconhecendo o passado do poeta que a escreveu, as suas circunstâncias sociais e psicológicas. Não é motivo para vergonha. Todo o pensador se confronta com o problema da descontextualização. É dela que emana o seu pensamento paranóide, totalmente desenfreado, pronto para satisfazer os mais profundos desejos do narcisismo. Continuar a ler “O FINGIMENTO DE PESSOA – por João Esteves”