Luís Guerra e Paz – Chegou a este mundo em 1970. Diletante incorrigível, apaixonou-se por alguns hobbies e enfastiou-se de outros tantos. Contudo, embora de forma autodidacta e pouco disciplinada, manteve sempre uma relação com a fotografia. Não sabe se é pelo prazer de capturar um ambiente, um olhar ou um pormenor, ou se é …
Continuar a ler “O LONGE AQUI TÃO PERTO – de Luís Guerra e Paz”
– – – Luís Guerra e Paz – Chegou a este mundo em 1970. Diletante incorrigível, apaixonou-se por alguns hobbies e enfastiou-se de outros tantos. Contudo, embora de forma autodidacta e pouco disciplinada, manteve sempre uma relação com a fotografia. Não sabe se é pelo prazer de capturar um ambiente, um olhar ou um …
Continuar a ler “Um “encore” de Luís Guerra e Paz”
EÇA DE QUEIROZ NO PANTEÃO? SIM, MAS COM UMA CONDIÇÃO… “Ao rei tudo, menos a honra” Calderón de la Barca I – Eça de Queiroz. A exemplaridade da sua vida, a excelência da sua obra, a modernidade da sua herança cultural, artística, intelectual merecem ser (bem) lembradas, são credoras de reiterados tributos. …
Continuar a ler “EÇA DE QUEIRÓZ NO PANTEÃO? – EDITORIAL POR DANYEL GUERRA”
“Ida Lupino, John Cassavetes e Glauber Rocha foram uma influência fundamental para a minha formação. Seu Cinema continua sendo uma inspiração para mim, enquanto cinéfilo e cineasta” Martin Scorsese Feliz aniversário, Glauber! Num incerto dia de um outono dos anos 70, Juan Luis Buñuel passeava por Saint-Germain-des-Prés, quando, de súbito, alguém cutucou seu …
Continuar a ler “SPAGHETTI E SOMBRINHAS JAPONESAS – por Danyel Guerra”
‘DA VIDA DOS ESCRITORES’ “A própria vida se converte numa citação” Ralph Waldo Emerson, citado por Jorge Luis Borges Caro El tigre, sem ousar desacatar este prensamento de Emerson, eu prefiro que a própria vida se converta numa excitação. o-o-o-o-o ”No seu entender qual é o papel do escritor brasileiro hoje em dia?” Entrevistador …
Continuar a ler “TEXTOSTERONA-PRENSAMENTOS & DESAFORISMOS – V- por Danyel Guerra”
PRENSAMENTOS & DESAFORISMOS COM TEXTOSTERONA DO AMOR Como a vida, o amor é eterno enquanto dura. Mas em boa verdade, ele só será mesmo eterno enquanto for terno. o-o-o-o-o “O amor é cura, mas também é loucura” Sigmund Freud Sendo verdadeira esta contradição, ela explicará porque de médico e de louco, o amor também tem …
Continuar a ler “PRENSAMENTOS & DESAFORISMOS – I Série – por Danyel Guerra”
Tenha cuidado. Sinto que há em si tendências surrealistas. Afaste-se dessa gente. Jean Epstein “Posso dizer tudo o que penso?….é a escrita automática!…” (1). Em sua edição de junho de 1954, a revista Cahiers du Cinéma inseria uma entrevista com Luís Buñuel. Na época, este cineasta era celebrado na Europa apenas como autor …
Continuar a ler “A LIBERDADE E A RAIVA DO PERRO ARAGONÉS – por Danyel Guerra”
“Toldam-se os ares,/Murcham-se as flores;/ Morrei, Amores,/Que Inês morreu” Manuel Maria du Bocage Na plataforma rochosa de uma praia, algures no Universo, um fotógrafo clicka closes da agreste, severa paisagem. De súbito, a objetiva da câmera se vê velada por uma mão lutuosa, sinistra, nem tanto por ser a esquerda. Atrevida e inoportuna, …
Continuar a ler “AGORA, MORTA É INÊS – por Danyel Guerra”
Die Geburt des Dichters Nunca pensei, sonhei ou desejei ser poeta durante toda a minha juventude em vez dos livros ou da poesia sempre preferi brincar aos índios e cowboys ou assaltar ao meio da noite os laranjais e os galinheiros dos vizinhos, ou ainda espreitar a vizinha, quando esta se despia para fazer amor …
Continuar a ler “TRIPÚDIO – por Luís Costa”
“Cá fora é o vento e são as ruas varridas de pânico, é o jornal sujo embrulhando fatos, homens e comida guardada” Carlos Drummond de Andrade ♥A vez primeira que provei castanhas assadas aconteceu na convicta cidade do Porto, numa tarde outonal, céu forrado de tons plúmbleos, um sábado pejado de humor ranzinza, carrancudo, receando …
Continuar a ler “LA RAGAZZA DAS CASTANHAS ASSADAS – por Danyel Guerra”
Extrañeza Un día particular choca de frente contra el influjo del aire es necesario cuadrar esta nomenclatura traducir rostros menores y anunciar los cultos será por lo tanto una nueva llamarada entre los vigilantes ¿Será que permanecen ensombrecidos entre sus ramas de invierno?
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe. Depois da festa, sobram as cinzas, quer dizer, à exuberância carnavalesca sucede-se a míngua expiadora do jejum. O carnaval são três dias mas, admitam comigo, ao terceiro dia ansiamos o regresso à normalidade, isto é, o regresso da tristeza.
Quando o debate estava nos últimos minutos uma senhora daquela idade sempre comparada às protagonistas do Balzac, embora use roupas street como se fosse saltar muros, pediu a palavra, falou de voz amedrontada e agradeceu terem lhe deixado entrar no debate mesmo sem ser académica, mas desde que terminou o curso concorreu a diversos empregos …
Continuar a ler “JOANA MALUCA – por Jonuel Gonçalves”
La sexta calle El grito de los vendedores ambulantes y las rosas marchitas anunciaron que mi vida era un desastre. Nunca soporte los gritos, que reflejaban el estado decadencia en la que estaba nuestra relación. Relación que se deterioraba ante la falta de sexo y conversaciones del diario vivir. Verónica luchó porque esto fuera un …
Continuar a ler “DOIS TEXTOS DE Yessika María Rengifo Castillo”
©Luís Guerra e Paz Amanhece Timidamente o sol mostra sua face O primeiro de muitos cigarros é acesso Há muito deixei de orar Deus a esta hora ainda deve estar dormindo
CAPA: “O Friso de Beethoven”, de Gustav Klimt DIRECÇÃO: Júlia Moura Lopes CONSELHO EDITORIAL: Ângela Pieruccini, Danyel Guerra, David Paiva Fernandes, Júlia Moura Lopes e Marilene Cahon. COLABORADORES DE FEVEREIRO DE 2018: Angela Pieruccini, Beatriz Bajo, Cecília Barreira, cCésar Santos Silva, Cláudia Isabel Vila Molina, Claudio B. Carlos, Danyel Guerra, Diogo Pacheco de Amorim, Enrique …
Continuar a ler “EDIÇÃO Nº 3 – DE FEVEREIRO 2018”
“Dans le monde réellement renversé, le vrai est un moment du faux” Guy Debord. Estamos no Carnaval e o leitor de Athena perguntará onde fica e onde cabe a cultura, durante esta época? Pois direi que é no reino e no tempo do faz de conta, que se cruzam todas as alegorias. Desde a sátira …
Continuar a ler “EDITORIAL – No Tempo do Faz de Conta – por Júlia Moura Lopes”
Há novos desvarios no desalinhado armário da alma do poeta! Na peregrinação inócua de um centro comercial impróprio para consumo, calçou nos pés da mente um par de botas. Sapatos de essência negra, que em passos largos o levarão em sonhos aos caminhos da velhice. Sim, em sonhos e apenas neles! Na realidade, os bolsos …
Continuar a ler “ODE FASHION – por Paulo Soares”
O relacionamento interpessoal é, talvez, das coisas mais importantes que temos de desenvolver ao longo de toda uma vida. O que muitas vezes não nos apercebemos é que, quando interagimos com alguém, temos uma escolha a fazer: afectar positivamente ou infectar negativamente o seu estado emocional. Na maioria das pessoas, há uma intenção consciente de …
Continuar a ler “A LUZ EM NÓS – por Rita Vargas”
Adilia Cesar Alberte Momán Noval Alberto Cecereu Alda Costa Fontes Aldina Santos Alexandra M. Alexandre Saraiva Alice Rahon A. Dasilva O. A. Sarmento Manso Amélia Azevedo Ana Almeida Santos Ana Margarida Borges Ana Matos Ana Oliveira Ana Patrícia Gonzalez Ana Paula Lavado Ana Tomás Anderson Braga Horta. André Breton André Rosa Anna Merij António Adriano …
Continuar a ler “Índice de Autores”
IV SOLAR DE MADAME SOPHIE DIGO-VOS QUE DE NADA ADIANTOU ajuizá-lo sobre a preocupação que me ocorrera diante da temeridade de se denunciar a figura mais respeitável da Corte de São Sebastião do Rio de Janeiro, pois que, entre o juramento de inocência de uma reles ciganita Juana, mal parida por uma marafona de alcoice, …
Continuar a ler “A INCRÍVEL HISTÓRIA DE MARÍA JUANA PILLAR DE LA CRUZ – (CAP. IV, V, VI )- por Wander Lourenço”
Só fui acordar vinte anos depois! O despertador tinha me traído. Preparado para berrar às oito horas da manhã, como EM todos os dias, daquela vez o relógio resolveu ficar em silêncio durante um quinto de século. Agora, eu estava ali, duas décadas perdidas depois, olhando para aquela folhinha espetada na parede, já virado até …
Continuar a ler “O HOMEM QUE DORMIU DEMAIS – por José D’Assunção Barros”
CARTOGRAFÍAS Y ABISMOS DE RONALDO CAGIANO -I- MAPAS Y EXTRAVÍOS O LOS LABERINTOS DEL SER Si tuviéramos que trazar una línea sobre algún mapa de la tierra para sentarnos a esperar la poesía de Ronaldo Cagiano, habría que pintar un círculo en el vacío y esperarlo dentro. Tal vez la tarde, el tiempo todo, …
Continuar a ler “CARTOGRAFÍAS Y ABISMOS DE RONALDO CAGIANO – por José Pérez”
Não me lembrando exactamente do dia – mas do facto – podendo ter sido numa terça, quarta, sexta-feira – talvez num sábado – à hora do almoço, estava eu a trabalhar. Cerca de uma vintena de restaurantes dos dois lados da mítica Rua Augusta adornavam o percurso dos turistas americanos, britânicos, italianos, franceses, nórdicos, belgas, …
Continuar a ler “Waldemar Bastos – guitarra, voz, canção! – por Hilton Fortuna Daniel”
REVISITAR OS SÉCULOS XIX E XX PELAS NARRATIVAS DE MACHADO, EÇA E KAFKA Introdução Este estudo inscreve-se num quadro de análise teórico-pragmática, assumindo aqui uma visão de literatura comparada, a qual tem por objetivo revisitar o imaginário da criação artística ocidental dos séculos XIX/XX, compreender a sua influência, contribuição e transversalidade para aquilo que se …
Continuar a ler “REVISITAR MACHADO, EÇA E KAFKA – Hilton Fortuna Daniel”
I Cependant, il ne saurait s’agir d’un récit à clés, car nul ne possède la clé des songes. P. Debassac, Le lion et la demoiselle, Avertissement. Sou um leão da cova dos leões de Daniel, desenterrado e fixadao em pedra andaluza. Os meus onze outros irmãos ladeiam-me, suportando nós todos esta salva de água …
Continuar a ler “LEÃO NO OUTONO – por Paulo Ferreira da Cunha”
3º Episodio – Idrissa Mesmo acostumado ao deserto desde o teu nascimento tu sabes que ele pode ser solidão como mais nenhuma outra paisagem, digam o que disserem sobre as grandes solidões das grandes metrópoles nas quais pode-se ficar louco mas aqui é pior, é corda bamba constante e queda ao mínimo descuido, ou …
Continuar a ler “HARATINES – por Jonuel Gonçalves”